O turismo estrangeiro: carro-chefe da indústria turística norte-americana

Os Estados Unidos receberam quase 56 milhões de turistas estrangeiros em 2007, número que significa um incremento de 10% em relação ao ano anterior, de acordo com o Departamento do Comércio.

As previsões também apontavam crescimento no verão de 2008 em relação ao verão de 2007 apesar do impacto do aumento dos bilhetes aéreos.

Os destinos mais populares são Nova York, Los Angeles, Miami, San Frâncico, Orlando, Las Vegas, Honolulu, Washington, Chicago e Boston.

"Para os estrangeiros é muito atrativo o turismo nos Estados Unidos. Apesar do aumento das tarifas hoteleiras em Nova York (+ 11%), o aumento é apenas de 1,5 se calculado em euros", disse Bobby Bowers, da empresa de estudos de viagens Smith Travel Research, ao Diário Digital, da República Dominicana.

Segundo Scott Berman, especialista em Turismo da PriceWaterhouseCoopers, "o crescimento do turismo estrangeiro foi eufórico nos últimos cinco anos. Os turistas estrangeiros foram o carro-chefe absoluto e sem eles a indústria do turismo teria registrado números negativos".

Para os especialistas, o dólar baixo poderia ser a explicação da "euforia" que contribui para que muitas cidades importantes aumentem suas receitas por conceito de turismo.

Em 2007, por exemplo, os turistas estrangeiros gastaram US$ 122 bilhões em viagens para os Estados Unidos e no país, número que significou um aumento de 13% em relação ao ano anterior.

Os turistas estrangeiros gastam em média US$ 2.200 durante uma visita e as lojas são uma das grandes atrações. Segundo o Departamento do Comércio, para 90% dos turistas estrangeiros as compras são a principal prioridade.

Nova York é a principal cidade de entrada nos Estados Unidos para os turistas estrangeiros, que contribuem com mais de 50% das receitas turísticas da cidade.

"O turista estrangeiro fica mais tempo e gasta mais dinheiro do que o turista nacional", disse ao jornal dominicano Christopher Heywood, porta-voz da NYC and Company, a organização de turismo da cidade de Nova York.

Porém, nem tudo é cor de rosa, pois há quem considere que a fraqueza da economia norte-americana impacte na Europa e, assim, também no turismo.