OMS apela a reforço da atenção sobre doenças transmitidas por vetores

07 de Abril de 2014 1:25pm
claudia
OMS apela a reforço da atenção sobre doenças transmitidas por vetores

Na data em que se celebra o Dia Mundial da Saúde, este ano sob o tema "Doenças transmitidas por vetores", a Organização Mundial de Saúde (OMS) fez questão de relembrar que este tipo de doença é mais rapidamente propagável do que a dengue. O número de pessoas infectadas aumentou 30 vezes nos últimos cinquenta anos. A população com risco de infecção é já de 2,5 bilhões.

Com a aceleração do processo de globalização, o controlo de doenças como a dengue e a malária enfrenta novos desafios. A China está disposta a continuar o aprimoramento do sistema de monitoramento e alerta para o futuro.

O vice-diretor da Direcção de Prevenção e Controlo de Doenças da Comissão Nacional de Saúde e Planeamento Familiar, Zhang Yong, afirmou:

"Segundo a definição da OMS, os vetores indicam os artrópodes e roedores que podem transmitir patógenos, através de meios biológicos ou mecânicos, de fonte ou ambiente de infecção para o ser humano, incluindo mosquitos, moscas, baratas, ratos, pulgas, carrapatos, ácaros. Na China, as principais doenças transmitidas por vetores são a peste, epidemia de febre hemorrágica, malária, dengue e epidemia da encefalite japonesa."

Segundo a OMS, mais de metade da população mundial está em risco de ser infectada por doenças transmitidas por vetores, como a dengue, malária, esquistossomose e febre amarela. Os riscos são ainda maiores entre a população mais pobre, especialmente para quem não tem acesso a água potável e boas condições sanitárias.

Desde 2005, a China começou os trabalhos de monitoramento contra as principais doenças transmitidas por vetores. Atualmente, a rede de monitoramento abrange 43 cidades em 19 províncias. Como resultado, a incidência de infeção tem apresentando uma tendência de diminuição nos últimos anos. No entanto, devido a fatores como a globalização, mudanças climáticas e urbanização, a área de incidência tem vindo a aumentar, resultando no aumento dos riscos de transmissão.

Segundo o diretor do escritório do controlo de doenças transmitidas por vetores do Centro Chinês para o Controle e Prevenção de Doenças, Liu Qiyong, a transmissão de doenças deste tipo apresenta novas tendências.

"O risco de transmissão de doenças transmitidas por vetores vem aumentando todos os anos nos países e regiões com maior densidade populacional, como o Sudeste da Ásia e África. Além disso, com o surgimento de novas doenças deste tipo, mas sem medidas efectivas, é difícil de controlar a transmissão das doenças."

Segundo Liu Qiyong, existe alguma deficiência nas pesquisas para inovação dos métodos de monitoramento, avaliação de risco, alerta e tecnologia e estratégia para controlo das doenças transmitidas por vetores. Ao mesmo tempo, a rede de monitoramento dessas doenças ainda não abrange todo o território da China.

"Vamos continuar a aperfeiçoar o sistema de monitoramento e alterta para as doenças transmitidas por vetores. Deveremos aperfeiçoar o conhecimento sobre o cenário de transmissão dessas doenças nos países vizinhos e oferecer aos turistas sugestões sobre a saúde nas viagens, de forma a controlar o desenvolvimento da epidemia."

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