Pouca disputa em leilão da Varig

O ministro brasileiro da Defesa, Waldir Pires, disse que lamentou o resultado do leilão da Varig. "Confesso que esperava que houvesse um pouco mais de disputas, porque as sinalizações foram muito abertas e constantes".

De acordo com informações da Agência Brasil, ele se referiu às empresas de transporte aéreo que, durante a crise da companhia aérea, manifestaram interesse em adquirir a empresa. "Nossa vontade era acreditar que essa gente estava dizendo a verdade, e conseqüentemente, entrariam para vencer", observou. "E o que é entrar para vencer? É haver uma disputa. Uma disputa dentro do setor empresarial, e que o transporte aéreo se beneficiasse da longa tradição da Varig", acrescentou.

Segundo ele, o governo fez o possível para manter a empresa viva. "Demos uma colaboração muito grande, e tudo o que foi possível dentro da lei para que, por exemplo, não faltassem os insumos básicos para que a Varig continuasse operando".

O ministro afirmou que o governo vai aguardar a decisão do juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa, sobre a validade do leilão realizado hoje para definir as medidas a tomar como credor.

A única oferta pela companhia partiu do grupo Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que ofereceu US$ 449 milhões para comprar a empresa. O preço mínimo estabelecido pelo juiz era de US$ 860 milhões.