Projeto pede 'mapa' que pode permitir que Florianópolis receba cruzeiros
A Associação Náutica Catarinense (Acatmar) entregou na última semana ao ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, um projeto que pode ser o primeiro passo para que Florianópolis possa receber cruzeiros. O texto pede um novo mapeamento do fundo das baías norte e sul da ilha – o último foi feito há mais de 50 anos, como mostrou o RBS Notícias.
Atualmente, os turistas que chegam de navio precisam ser transportados em barcos menores até o píer de Canasvieiras, no Norte da ilha. O levantamento poderá indicar se navios poderão se aproximar mais.
"Com isso a gente vai ter o mapeamento de até onde pode chegar um navio de cruzeiro nas baías, onde a gente pode fazer marinas. Esse estudo é fundamental para que isso aconteça", disse Leandro Ferrari, presidente da Acatmar.
O estudo vai custar R$ 800 mil e deve ser pago com recursos do Ministério do Turismo e do governo do Estado. O levantamento pode ser feito em aproximadamente 45 dias, mas só deve começar quando a verba for liberada, o que ainda não tem prazo pra acontecer.
Em visita a Santa Catarina, nesta semana, o ministro sobrevoou Florianópolis e se mostrou espantado com a falta de marinas. “Como é que vocês não têm aqui marinas, que são hoje um dos equipamentos de turismo dos mais importantes para gerar emprego, renda e qualidade, esporte náutico. Não têm píer para abrigar cruzeirod que percorrem o mundo, levando 4,5, 6 mil pessoas", afirmou o Eduardo Alves.
Se o estudo for feito nos próximos meses, Florianópolis poderá receber escalas de teste de cruzeiros já na próxima temporada. “Primeiro a gente precisa da aprovação do projeto e da liberação dos recursos. Depois é muito rápido. Vai depender da decisão do ministro. Mas nós vamos cobrar”, disse a secretária de turismo de Florianópolis, Zena Becker.
“Um barco parado numa marina gera quatro empregos diretos e oito indiretos. Cresceria, e muito, nosso turismo náutico”, disse Leandro Ferrari.