Receita de turismo mundial bate recorde em 2015
Em 2015, o turismo mundial registrou 1,18 bilhão de viagens internacionais, o que corresponde a 44% a mais do que em 2014. Segundo informações da Organização Mundial do Turismo, são, ao todo, 50 milhões de viajantes a mais. O secretário-geral da agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), Taleb Rifai destacou ainda que, com o recorde, este se torna o sexto ano consecutivo que apresenta um crescimento acima da média, com um aumento de 4% ou mais das chegadas internacionais desde 2010, após a crise econômica.
Os turistas internacionais que chegam dos destinos onde há economias mais avançadas correspondem a um aumento de 5%, enquanto os que têm origem em países emergentes são 4%. Isso graças à Europa - líder de crescimento quando se trata de termos absolutos e relativos. Os resultados, no entanto, variaram de lugar para lugar, por conta de uma oscilação nas taxas de câmbio, da redução dos preços do petróleo e outros produtos básicos, que acabaram aumentando a disponibilidade de renda nos países importadores, enquanto os exportadores ficassem enfraquecidos. Além disso, a segurança se tornou uma questão preocupante após os atentados na Tunísia, França e Turquia.
A Europa, que recebeu 609 milhões de turistas em 2015, deve esse crescimento, em parte, ao enfraquecimento do euro, se comparado ao dólar e outras divisas importantes. A Europa Central, assim como o Leste Europeu, representou 6%. Já a Europa Meridional, Mediterrânea e Ocidental também conquistaram bons resultados, com 5% e 4%, respectivamente.
A Ásia e o Pacífico registraram 13 milhões de chegadas internacionais a mais no ano anterior, conquistando uma alta de 5%. Enquanto isso, nas Américas, 191 milhões de viajantes extras corresponderam a um crescimento de 5%. O Oriente Médio, por sua vez, cresceu 3%, chegando a 54 milhões de turistas. A África, por outro lado, sofreu uma queda de 3%, com 53 milhões.
Entre os principais mercados emissores do mundo, a China continua na vanguarda do turismo emissor mundial, dando prioridade a destinos asiáticos como Japão e Tailândia e também Estados Unidos e lugares da Europa. Os EUA, aliás, apresentaram subidas de 9%, enquanto o Reino Unido teve um crescimento de 6%, ambos favorecidos por moedas fortes e economias em reativação. Alemanha, Austrália e Itália obtiveram um crescimento mais lento, de 2%.
Mercados emissores, como Brasil e Rússia, antes dinâmicos, tiveram reduções significativas que serviram de reflexo das restrições econômicas e da desvalorização de suas moedas. Segundo a OMT, para 2016 as expectativas são boas.
