A redução de riscos começa com a comunicação

A comunicação responsável tem papel primário na redução de riscos, reforçou Margarita Villalobos, oficial de comunicação da Eird/Onu no escritório da instituição no Panamá e editora da revista Eird Informa, em sua palestra no 1º Fórum da Rede Cooperativa para Cultura de Prevenção de Desastres, citada pela Folha Blumenauense.

"A comunicação efetiva é aquela que emite informação esperando um efeito no público, e que traduz o conhecimento técnico em linguagem cotidiana", exemplificou.

Para ela, incluir o tema prevenção de desastres no jornalismo é um desafio. "A prevenção não é um tema tão atrativo quanto a resposta e a ajuda humanitária. É preciso criatividade para 'vender' essa mensagem", observou.

Antes dos desastres a imprensa pode abordar as diferentes ameaças, riscos e vulnerabilidades existentes em distintas populações e falar de prevenção e boas práticas.

Durante os eventos, pode trazer relatos, dados, mapeamento de riscos, corrigir rumores e tratar da ajuda aos atingidos. Depois, pode avaliar os danos nas zonas afetadas e discutir a reconstrução de forma mais segura. Em todas as etapas, deve evitar desinformação, ouvindo fontes confiáveis e diversas, e o sensacionalismo. "A imprensa deve ir além de simplesmente dar a informação, pode participar dos processos da comunidade para gerar ações de prevenção, exercendo sua função educativa informal", disse.

Fonte: Folha Blumenauense