Saque dramático do patrimônio cultural iraquiano

04 de Dezembro de 2007 1:37pm
godking

Uma resolução obrigatória das Nações Unidas contra o tráfico de bens arqueológicos iraquianos foi o pedido feito pelo vice-ministro iraquiano do Turismo e das Antiguidades, Bahha Mayah, à Assembléia Geral da OMT, que ocorreu em Cartagena, na Colômbia, diante do quadro dramático do saque do patrimônio cultural iraquiano.

O vice-ministro traçou um quadro dramático do saque do patrimônio cultural iraquiano que ainda hoje é realizado por grupos criminosos organizados. Os traficantes, que utilizam até mesmo a Internet, vendem estes objetos por quase todos os países do mundo, dilapidando a riqueza cultural do país, contou Mayah.

O vice-ministro salientou, em entrevista coletiva, que hoje é impensável falar de turismo no Iraque, ainda que o país com seus 10 mil sítios arqueológicos reconhecidos pela Unesco e os locais santos, teria muito potencial.

O terrorismo, no entanto, como demonstram outros países, pode acabar, mas se o patrimônio cultural do país não for preservado, os danos serão irreparáveis, disse Mayah.

Na situação atual, autoridades de inúmeros países confiscam os bens arqueológicos iraquianos, identificados como objetos roubados, e ficam esperando uma sentença sobre a real proveniência deles. Mas, conforme explica o dirigente, o governo iraquiano não pode promover todos os processos legais necessários e, muitas vezes, os bens são devolvidos às pessoas que os adquiriram ilegalmente.

Por este motivo, o governo iraquiano solicita a intervenção da ONU com uma resolução específica que, no pedido do vice-ministro, deveria ser elaborada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, em conjunto com o Iraque.

Fonte: ANSA

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