A saturação no Caribe e Mediterrâneo pode abrir boas perspectivas para o Brasil

21 de Dezembro de 2007 4:50am
godking

Apesar de o Brasil possuir um potencial natural para o desenvolvimento da cabotagem turística, devido à extensa costa com mais de 8 mil quilômetros, o país ainda não se consolidou como destino mundial para viagens de cruzeiros marítimos.

Os horizontes dos roteiros internacionais indicam um volume entre 10 a 11 milhões de passageiros que adotam esse tipo de lazer, segundo a Cruise Line International Association (CLIA).

A saturação dos portos do Caribe e Mediterrâneo por contingentes de americanos e europeus abre ótimas perspectivas. Mas para isto acontecer é preciso vencer as barreiras que ainda impedem a expansão dos cruzeiros, dentre elas, a ausência de legislação específica e de infra-estrutura portuária adequada.

Com a modernização das leis e dos portos, duas metas que inspiram a Associação Brasileira de Representantes de Empresas marítimas - ABREMAR, as perspectivas quanto à consolidação do Brasil como Destino para o turismo marítimo - como acontece com o Caribe, Mediterrâneo, Polinésia e Sudeste da Ásia - se apresentam bastante animadoras.

A temporada atual

A Temporada 2007/2008 de Cruzeiros de cabotagem (com início e final na costa brasileira) começou em 31 de outubro e se estenderá até 6 de abril de 2008. "A expectativa da ABREMAR é de que 430 mil cruzeiristas (29% a mais do que na temporada anterior) embarquem nos 14 navios que percorrerão o litoral do país", adianta o presidente da entidade, Eduardo Nascimento.

Na Temporada 2006/2007, 330 mil hóspedes embarcaram em Cruzeiros Marítimos na costa brasileira, um crescimento de 56% em relação à temporada anterior. Entre novembro de 2006 e março de 2007, a venda de Cruzeiros Marítimos gerou uma receita bruta de US$ 202.257.430. Como resultado, os Agentes de Viagens receberam US$ 20 milhões em comissões.

Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe-USP) detectou que, na Temporada 2005/2006, os turistas de cruzeiros desembolsaram mais de R$ 12 milhões em passeios nas cidades onde desembarcaram. Cerca de 24 mil empregos diretos e indiretos foram criados no período. Com a expansão da atividade, acredita-se que este número tenha crescido mais ainda, ultrapassando os 32 mil postos de trabalho.

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