TAAG: refundação para reverter crise
A companhia aérea angolana Taag-EP passou desde esta quarta-feira (12) a ser dirigida por uma comissão de gestão nomeada pelos ministérios da Economia, Finanças e Transportes, no quadro do programa de refundação da empresa devido à gravidade da situação que a companhia de bandeira angolana vive atualmente, excluída de operar no espaço aéreo europeu.
Segundo um comunicado do Ministério dos Transportes, "o Governo decidiu [...] introduzir mudanças que levem à reversão definitiva da situação da companhia".
Apesar dos esforços desenvolvidos e do apoio prestado pelo Governo, o conselho de administração, que agora cessa funções, não conseguiu que a empresa superasse os obstáculos operativos e de segurança alegados para a exclusão da TAAG do espaço aéreo europeu, o que deveria ter sido uma das suas principais realizações, refere o comunicado.
Em julho de 2007, a Comissão Européia incluiu a TAAG na lista de companhias de aviação proibidas de operar no espaço aéreo da União Européia, vulgarmente designada por lista negra.
O processo deve produzir "um redesenho de base zero" da empresa e conceber os planos de migração para uma nova TAAG, financeiramente sustentável e assente num serviço de excelência aos passageiros.
A comissão de gestão deve assegurar, além da continuidade da operação da companhia, a concepção e implementação de um calendário credível para a retirada da TAAG-EP da lista negra da União Européia, num curto espaço de tempo.
Também foi criado um Comitê do Programa de Refundação da Taag que tem como principais objetivos conceber uma estratégia e uma estrutura organizativa para a nova companhia aérea de bandeira angolana.
Para concretizar os objetivos que visam fortalecer a imagem da Taag quer a nível nacional, quer internacional, o organismo deverá conceber medidas e respectivo cronograma que permitam a retirada da transportadora da "lista negra" da União Européia, bem como um programa de transformação organizacional.
O comitê deverá propor ao ministro dos Transportes a adoção de um modelo dualista, separando o órgão de supervisão (conselho geral e da supervisão) e o órgão executivo (conselho de administração), a contratação de gestores nacionais ou estrangeiros para o conselho de administração e para as segundas linhas. Poderá igualmente propor a contratação de empresas de consultoria e a seleção de um parceiro estratégico internacional para a Taag e a revisão do enquadramento das companhias de aviação estatal (Taag, Sonair e SAL).
O plano de refundação contempla a concepção de uma nova estrutura operacional que assegure uma atuação eficiente e de acordo com as normas internacionais, sobretudo no domínio da segurança.
Fonte: Angop