TAP perde mais de 100 mil passageiros apenas em maio

06 de Julho de 2009 4:33pm
godking

A companhia aérea portuguesa TAP perdeu 105 mil passageiros em maio, em relação ao mesmo mês de 2008, o que representa uma queda de 12,3%, uma tendência negativa que se mantém desde janeiro e que a empresa explica com "reduções de procura e oferta na Europa e Atlântico Norte".

Dados da Aeroportos de Portugal (ANA) obtidos pela Agência Lusa indicam que, em maio, a TAP transportou 750.772 passageiros, 104.840 passageiros a menos que no mesmo mês do ano passado.

No acumulado de janeiro a maio, indicam os mesmos dados, a companhia aérea transportou 3,51 milhões de passageiros, 5,3% a menos que no mesmo período do ano passado. Números que permitem à TAP manter a liderança do mercado, com uma cota de 41%.

Contatada pela Lusa, fonte oficial da TAP deu números ligeiramente diferentes dos da ANA. "A companhia transportou, na sua rede geral, um total de 3,18 milhões de passageiros", disse um representante da aérea, o que representa "uma queda de 5,2% face ao mesmo período do ano anterior".

Para a TAP, a culpa recai em geral sobre "a conjuntura econômica negativa que se tem verificado" e em particular em algumas rotas. "As reduções de procura e oferta têm sido mais sensíveis nos setores da Europa e Atlântico Norte, que são também aqueles onde a recessão tem sido mais forte", explicou a mesma fonte.

Ano atípico

O porta-voz da Associação Portuguesa de Agências de Viagem, Paulo Brehm, também aponta a crise econômica como o principal fator para as reduções no tráfego de passageiros.

"Portugal está afetado em termos de incoming, chegada de turistas, mas também de outgoing, porque também há uma queda no número de portugueses que viajam para fora em férias e também em viagens de negócios", adiantou.

Por outro lado, em abril e início de maio, as notícias do surto de gripe suína - e consequente cancelamento de voos para alguns destinos - afetaram o setor. Paulo Brehm considera, no entanto, difícil determinar em que medida a doença arrastou os números para baixo.

"É muito difícil de calcular [o impacto da gripe suína], porque estamos num ano atípico", explicou Paulo Brehm.

"A sensibilidade que temos é que o mercado foi afetado, houve voos suspensos para o México, por exemplo. Nos restantes voos, [a gripe suína] criou alguns receios nas pessoas logo no início (abril e maio), mas foi um fenômeno que se esbateu ao longo do tempo", frisou, citando ainda a crise econômica como "o maior problema".

Lusa

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