TAP: privatização vai ocorrer mais cedo ou mais tarde
O presidente da TAP, Fernando Pinto, considera que a privatização é a solução "mais radical" para recapitalizar a empresa, mas destaca que este processo "vai acontecer mais cedo ou mais tarde".
Pinto reiterou, assim como o ministro português das Obras Púbicas, Mário Lino, que "a privatização não será para o futuro imediato".
Ele destacou também que a reestruturação é "uma das metas estratégicas colocadas pelo governo para os próximos três meses", ou seja, antes das eleições legislativas. Cumprindo este calendário, Pinto reconhece
que as mudanças na empresa acontecerão sob a tutela de outro governo.
Na terça-feira passada, a assembleia geral da TAP aprovou as orientações estratégicas para o próximo triênio e criou um Comitê de Reestruturação Econômico-Financeira, presidido por Carlos Veiga Anjos.
Este grupo deve estudar um plano de capitalização da companhia aérea e as condições para a futura privatização.
"O comitê de reestruturação vai estudar os melhores caminhos [para a recapitalização da empresa], mas tem que haver um estudo para que se possa fazer de acordo com as normas da União Europeia", disse o presidente da TAP, na primeira entrevista desde que foi reconduzido à frente da companhia aérea.
Porém, Pinto se recusou a dar mais detalhes sobre as opções de recapitalização da empresa, sabendo-se que a companhia - que em 2008 deu prejuízos de 284 milhões de euros -, necessita de pelo menos 200 milhões de
euros em curto prazo.
"Foi formado um grupo de alto nível para analisar a empresa e chegará às suas conclusões. Há várias opções, mas temos que ver quais são as mais adequadas: uma delas obviamente, a mais radical, e que no momento
próprio o ministro [Mário] Lino já disse, é a privatização", disse Pinto.
Lusa