União Européia aprova acordo aéreo com os Estados Unidos

27 de Março de 2007 2:55pm
godking

Os ministros do Transporte dos países-membros da União Européia aprovaram na semana passada, de forma unânime, um acordo com os Estados Unidos que liberaliza o mercado aéreo transatlântico, permite o aumento da concorrência, maior freqüência dos vôos, redução do preço das passagens e geração de empregos.

A pedido da Grã-Bretanha, os 27 ministros decidiram ampliar em cinco meses o prazo para que o acordo entre em vigor, o que deve acontecer em 30 de março de 2008, e não mais em outubro deste ano.

O acordo de "céu aberto" permitirá a empresas da União Européia voar de qualquer cidade do bloco para qualquer cidade dos Estados Unidos e vice-versa, e substituirá os acordos bilaterais.

O comissário dos Transportes da União Européia, Jacques Barrot, considera que o acordo permitirá o aumento em 50% dos vôos entre os Estados Unidos e a Europa nos próximos cinco anos.

Segundo o pacto, os países-membros do bloco podem cancelar benefícios concedidos às empresas dos Estados Unidos se os norte-americanos não permitirem, até 2010, que empresas estrangeiras comprem companhias aéreas dos Estados Unidos, afirmou Barrot.

O ministro britânico dos Transportes, Douglas Alexander, afirmou que caberia a cada país-membro decidir quais benefícios cancelará caso os Estados Unidos, na segunda fase do acordo, não permitam maior liberalização de seu mercado aéreo.

A Grã-Bretanha estava relutante em levantar as restrições referentes à Heathrow, que favorecem a British Airways e a Virgin Atlantic, sem conseguir mais direitos de investir nas companhias aéreas dos Estados Unidos.

A Air France-KLM aplaude e a TAP recorda que desde 1999 Portugal e os Estados Unidos têm um acordo de "céu aberto".

O acordo equipara Espanha ao resto da Europa quanto às condições de tráfego aéreo com os Estados Unidos, já que apenas 16 países tinham anteriormente acordos bilaterais.

Os Estados Unidos e importantes companhias norte-americanas elogiaram a decisão da União Européia, afirmando que se tratava de algo histórico capaz de beneficiar os consumidores.

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