COVID-19, uma oportunidade para fazer mudanças, segundo agências
Durante sua participação numa video conferência organizada por Incubatur com o tema O Turismo que vem. Onde estamos?, o presidente da Associação Mexicana de Agências de Viagens (AMAV), Eduardo Paniagua, manifestou que esta pandemia está a ser a oportunidade para desenvolver, na indústria, essas mudanças que não se atreviam a fazer, para utilizar novas ferramentas de trabalho e explorar novos nichos de mercado. “Estávamos em nossa zona de confort e não nos queríamos mover”.
Paniagua assegurou que se devem procurar oportunidades ante esta situação e referiu que, a sua entender, o turismo religioso será uma das atividades que primeiro reativar-se-á, pois muitas pessoas visitarão igrejas e centros religiosos uma vez que isto termine, pelo que em AMAV procurarão oferecer este tipo de programas, como o que já manejavam dos Grandes Cristos de México.
Mesmo assim, destacou que é precisso ficar preparados e entender para onde vai a gente, e não pensar quanto durará isto, senão começar a trabalhar já e fazer promoção.
Outro nicho que prevê seja um dos primeiros em se recuperar é o de Negócios e Convenções, o qual procurará as viagens mais para integração que para trabalho, pois as companhias começarão a experimentar com as video conferências, as quais resultam mais económicas e para muitos mais produtivas.
Pela sua vez, José Ángel Rebolledo Díaz, diretor da Faculdade de Turismo da Universidade Anáhuac, destacou que com esta crise o que não queira entender que o mundo vai mudar, e vai ser um novo paradigma de vida, de negócio, de educação e de capacitação, se vai ficar atrás.
Lembrou os fatos de 9-11, um fenómeno local, mas com envolvimentos globais. “Este atentado em Estados Unidos, mudou praticamente a forma de viajar. Dantes podia-se chegar ao aeroporto uma hora dantes, e hoje há que passar uma série de filtros, o qual já se assimilou, e não se questiona”.
Igualmente assinalou que a vida também vai mudar com a COVID-19 e quem não se adapte a tomar classes em linha, a entender que seu negócio tem que ir por outras vertentes, que têm que se promover através de novas tecnologias, não vai sobreviver.
Rebolledo Díaz, quem em seu momento trabalhou para a Secretária de Turismo, destacou que se hoje estivesse desse lado, mandaria uma primeira mensagem ao setor de bem-estar, e tomaria as medidas de previdência adequadas, fazendo os filtros e controles correspondentes, para que quando vinga a recuperação fosse o primeiro em sair a dizer que seu destino está preparado para receber aos turistas e é um destino seguro, com o qual tomaria vantagem.
“Itália, Espanha e França são países que estão acima de nós em chegada de turistas vão estar muito afectados, a percepção é muito grave, justo é a oportunidade para subir no ranking, façamos bem as coisas, tenhamos planos de contingencia de medidas sanitárias adequadas e um plano de recuperação adequado”, disse Rebolledo, ao também destacar que já há que pensar nos próximos 5 ou 6 meses e adaptar o trabalho.