Experientes apresentam Workshop Internacional Destino de Turismo Gastronômico

02 de Novembro de 2020 11:16am
Redação Caribbean News Digital Portugues
Gastronomia

Antonio Montecinos, autor e diretor do Workshop Internacional Destino de Turismo Gastronômico assegurou que “Os destinos gastronômicos de proximidade são prioridade durante e pós Covid-19, para o agroturismo, enoturismo, oleoturismo, cacaoturismo, cafeturismo, entre outros, que motivam a deslocação da viagem nos meios rurais com atributos de natureza e paisajismo da biodiversidade únicos”.

Assim o deixou saber Montecinos durante sua apresentação do Workshop, e acrescentou que “a evolução e demandas do turismo gastronômico exigem experiências, tours, rotas, circuitos, itinerários criados com os elementos de interesse turístico e gastronômico do inventario cultural gastronômico material, inmaterial e da biodiversidade do território, onde se encontra o destino gastronômico, que deve ser planejado, gerenciado, comercializado, posicionado e avaliado com um plano estratégico que considere ante a conjuntura atual os eixos prioritários: Regeneração, Sustentabilidade, Competitividade, Governo e Bioseguridad que se desenvolverão nas 4 clínicas do Workshop”.

Mesmo assim, sublinhou que se estão oferecendo descontos e bolsas solidárias de 60%, se o participante se inscreve até 5 de novembro.

Em sua exposição Dom José Carlos De Santiago explicou que “uma academia iberoamericana ou de gastronomia, está formada por gastrónomos que são os chamados acadêmicos, e que são pessoas que entregam seu tempo gratuitamente a uma causa, são instituições ou fundações sem ânimo de lucro, que buscam apoiar aos países, empresas, setor público e privado, mas sobretudo buscam dar critério.

Os acadêmicos que formam a academia formam um lobby de poder de comunicação e inclusive de incidência sobre as autoridades de um país para ajudar aos setores.

De Santiago, destacou a incidência que tem a academia nas línguas de cada um dos países de Iberoamérica e os modismos em diversas palavras, com respeito à gastronomia como harmonia, cantinero, chefe de sala, mesero ou camarero, a academia como tal tem umas palavras fundamentais saudável, sustentável, solidário e satisfatório, que é a palavra mágica.

“Espanha, no ano 2019, teve 83.7 milhões de turistas, é o segundo país do mundo na eleição do turismo e a gastronomia já que 16,7 milhões, foram a Espanha exclusivamente para fazer turismo gastronômico, o que representa algo mais de 20%, um dos três motivos principais para visitar Espanha. México e Espanha são países que têm atingido fazer muito em gastronomia, mas Peru foi o país referente em toda Iberoamérica e hoje segue sendo líder na imagem gastronômica de Iberoamérica.

Costa Rica será o país no que a gastronomia terá um valor e um poder muito importante, hoje se titulam já país do bem-estar e dentro do bem-estar está o meio ambiente e a gastronomia como valores fundamentais e importante.

República Dominicana era conhecida por seu sol e praia, desde que tem uma academia de gastronomia, esta se converteu num dos valores, assumidos pelas presidências, como um dos elementos e motores do turismo para o país, por como diz Antonio Montecinos, devemos buscar os argumentos do destino”.  - José Carlos de Santiago, Presidente do Grupo Excelencias.

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A Mtra. María do Carmen Morfín, Presidente da Confederação Panamericana de Escolas de Hotelería, Gastronomia e Turismo CONPEHT, mencionou  que “a agronomía será uma nova atividade no turismo de proximidade, é uma forma de proteção econômica que beneficia às economias locais em rancherías, fincas, fazendas, regiões ou localidades, as quais podem desenvolver produtos endémicos ou nativos artesanais com marcas locais ou próprias de atividades como as oficinas agro urbanos de proximidade que enlaçam as zonas rurais e urbanas com um enfoque turístico, e que devem integrar por meio de um diálogo de saberes o social, local, ecológico e atingir algo individual para o desenvolvimento e benefício dessas localidades que se vão abrir para nos ensinar sua cultura por meio da animação turística.

A animação gastronômica lúdica e inteligente, foca-se num turismo responsável e colaborativo para quem devem ser desenhado experiências e inspirações por meio da alfabetização ou reeducação socioecológica ao lugarenho, e também ao turista no território, com uma participação colaborativa através do turismo alternativo com processos produtivos como um controle ou modelo de qualidade em a execução para coadjuvar ao desenvolvimento comunitário”. 

Em sua intervenção o Mtro. Ramón E. Martínez Gasca, Diretor do Instituto de Competitividade Turística (ICTUR), da Secretaria de Turismo (SECTUR), mencionou que “a gastronomia joga um papel importantísimo no turismo dos países de América, a qual deve ser considerada como produto turístico diversificador e inovador nos destinos turísticos, especialmente para os visitantes que preferem o turismo de proximidade, mas para isso se requer incrementar a competitividade das empresas turísticas e gastronômicas de toda sua corrente de valor, que somente pode ser atingido ao desenvolver concorrências dos prestadores de serviços por meio do conhecimento e ferramentas de implementação acelerada, como as que oferece o workshop internacional destino de turismo gastronômico”, entre outros benefícios.

O Mtro. Martínez enfatizou que “devemos concientizar aos dirigentes, pequenos e médios empresários do setor turístico e gastronômico, os atender e os fortalecer com uma adequada capacitação e profesionalização de seu talento humano, sendo o recurso mais valioso do turismo, que com hospitalidade e profesionalização impulsiona o sucesso dos negócios, Devemos criar urgentemente indicadores que permitam avaliar, controlar e melhorar de maneira constante a experiência dantes, durante e após o turismo gastronômico”.

Em seu apasionada participação Armando Bojorquez, Presidente da Associação de Cultura e Turismo de América Latina ATUAL, aseverou que “a pandêmia vai trazer como consequência uma nova forma de fazer turismo, a Organização Mundial do Turismo tem destacado a importância que tem para o viajante o viver experiências gastronômicas, já que a gente quando pensa numa viagem seleciona um destino também pela gastronomia, deve ser preparado a mais operadores turísticos por meio da capacitação, pois se precisam mais touroperadores preparados nesta área do setor tão importante e tão diversa. Devemos criar rotas como a do mezcal, tequila, enoturismo, a rota do café, a rota da cerveja, do turismo agrário que é o lema da OMT neste ano.

Convidou a todos estes grandes experientes a que por meio de ATUAL, se façam encontros, festivais, mostras gastronômicas, pois ministros de turismo de Paraguai, Panamá, República Dominicana e outros de América Latina estão muito interessados e vivendo esta grande oportunidade para desenvolver o turismo gastronômico, o qual é necessário e importante para o setor turístico”.

O Mtro. Fernando Olivera, Titular da Secretaria de Turismo de Tamaulipas, recalcou a importância que teve para México a nomeação outorgada a Guanajuato como Capital Iberoamericana da Gastronomia em 2015 e que “a gastronomia tem um papel fundamental na tomada de decisão da viagem, pelo que se deve homologar a informação e dados a respeito da importância do turismo gastronômico desde o âmbito acadêmico e da investigação para trabalhar com estes, criando realidades e oportunidades, a aceleração dos negócios gastronômicos tem uma grande oportunidade com o aproveitamento em a comunicação através da tecnologia, que a tem que aproveitar a gastronomia em todos os sentidos”.

“A visão, o compromisso com a sustentabilidade e o lucro dos ODS, não deve ser perdido já que são fundamentais para empresas, emprendedores e destinos, - e enfatizou-. Estou convencido que nos destinos gastronômicos começaremos a ver novas oportunidades, como a aquacultura e o aproveitamento das três quartas partes do mundo que são água salobre ou de mar e que pouco temos feito para aproveitar a alimentação do futuro sustentável. As denominações de origem deixámo-las de lado em comparação com outros países europeus.

O Mtro. Rocha  realçou que “é importante mencionar que neste novo governo há três ingredientes fundamentais a tecnologia, a comunidade fortalecida e/ou governo com economia circular que nos vai permitir ter uma visão de 360º de todo o palco na nova realidade e a biosegurança que devem estar dentro de qualquer um plano estratégico no futuro. A 10 anos da nomeação como patrimônio da humanidade de nossa gastronomia, devemos olhar para adentro e ver esta marca poderosa que temos em povos mágicos, a qual pode e deve ser recarregado como um grande gerador de demanda na gastronomia, no entanto, há que mencionar que não temos atingido que o valor percebido da relação produto aprecio de nossa gastronomia tradicional, tenha a remuneração que se merece e aí é onde os povos mágicos têm um grande repto, há lugares como o caso de Oaxaca onde se elevou o valor e preço do produto e; prato tradicional pelo que devemos aproveitar aos experientes para saber como nossa gastronomia tradicional vai incrementar o valor pago por esta cozinha ancestral, devemos voltear para o local, essa corrente que mais que nunca é importante para fortalecer às mipymes empresas”.

Respeito da importância dos destinos gastronômicos José Luis Ocampo, Presidente Internacional da Federação de Gastronomia e Turismo FEGAT, mencionou que “devemos sensibilizar a todos os atores a respeito da importância do turismo gastronômico para desenvolver uma capacitação que nos leve a incrementar a competitividade por meio da coopetitividad, nos apoiando uns aos outros com trabalho em equipe e em união gremial levar a cabo projetos para atingir, por exemplo o desperdicio, deve ser capacitado também aos turistas e clientes a respeito da importância dos protocolos de biosegurança. Destacou ademais, os múltiplos benefícios que gera o turismo gastronômico como a dinamização do setor produtivo do campo e os grandes esforços que se estão realizando em Argentina, Venezuela, Peru e Colômbia para seu desenvolvimento como destinos gastronômicos.

Dom Christian Berger Trawitz, Presidente de Comitês Cidadãos dos Povos Mágicos de México, o qual é um programa de política turística da Secretaria de Turismo desse país, indicou que “a cozinha tradicional é transmissão de técnicas e sabores ancestrais, nos 121 povos mágicos que contam com mais de sete milhões de habitantes, a identidade e pertence são muito importantes, estamos comprometidos com a biosegurança, temos tomado muitos cursos do governo e de experientes para minimizar ao máximo os contágios e, estamos comprometidos com a agenda dos ODS 2030, já que temos gastronomia de praia, bosque, montanha, cozinha com flores, insetos e muitos produtos endémicos ou nativos. O povo mágico de Zacatlán das Maçãs foi galardoado com a melhor experiência culinária, mas há muitos povos que têm uma gastronomia fundamental e são uma grande alternativa para descobrir muitas coisas muito bonitas, como a esência gastronômica de México. 

Durante sua exposição a Dra. Mónica Orduña, Diretora de Gastronomia da Universidade Popular do Estado de Povoa UPAEP, realçou que “o vínculo entre gastronomia, turismo e hospitalidade, nos permite desde a academia colaborar em conjunto, fomentar a proteção da biodiversidade, trabalhar os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU.

A pandêmia ensinou-nos a valorizar nossos alimentos com o que a terra nos dá, devemos criar laços através da tecnologias e vincular às comunidades para que as pessoas saibam que não estão sozinhas, devemos criar confiança ao produtor para atingir um trabalho colaborativo e multidisciplinario que ajude à proteção da biodiversidade e integre às comunidades para desenvolver destinos gastronômicos, como no caso dos povos mágicos, pelo que deve ser trabalhado de maneira colaborativa com formação, somando aos diversos atores da corrente de valor, criando fontes de trabalho e integrando às comunidades rurais, de modo que de maneira preponderante devemos seguir nos capacitando em temas de destino gastronômico para criar um bem comum e criar experiências que vinculem ao produtor, a biodiversidade e o turista de maneira sustentável.

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