Arum Talks com Pedro Fontainhas, diretor da APR
O presidente da Associação Portuguesa de Turismo Residencial e Resorts (APR), Pedro Fontainhas, assegura que a união dos resorts residenciais “tem permitido converter o turismo residencial num dos principais ativos da estratégia do governo de Portugal, que hoje impulsiona decididamente sua promoção”.
Os dados justificam esta aposta do executivo português por este segmento de negócio, que conta com umas 60.000 camas, gera 650 milhões de euros ao ano e cria ao redor de 4.500 postos de trabalho, segundo os dados deste organismo. Ademais, nos próximos anos, prevêem um investimento de 1,2 milhões de euros.
O principal lucro da APR tem sido situar no mapa a esta comunidade, “a expressão turismo residencial mal existia nem na indústria nem a nível institucional. Hoje é um ativo emergente na estratégia turística do Governo até 2027”, assinala Fontainhas, que assegura que a associação mantém uma relação “fluída e construtiva” com a administração até o ponto de ter podido intervir numa legislação “que até então não reconhecia as especificidades de seu negócio”. Esta interlocução com o Escritório de Turismo (dependente do Ministério de Economia), permitiu-lhes aceder a subvenções públicas e européias “porque estamos a dar-lhes algo a mudança em termos de desenvolvimento, economia, mercado e fazer de Portugal um destino prioritário em Europa”.
Estas declarações produziram-se no marco das Arum Talks, uma iniciativa empreendida por Arum Group, promotora conhecida por gerir em Espanha as divisões imobiliárias de Abama Resort em Tenerife ou A Manga Clube em Múrcia, com o objectivo de compartilhar as tendências do mercado e melhorar a estratégia de negócio das companhias que operam no sector do real está, gerando debate com especialistas de reconhecido prestígio.
A APR, explicou neste encontro Pedro Fontainhas, criou-se em 2011 “para ter uma sozinha voz para dialogar com o governo e demais entidades num contexto de crise económica. Nossa missão segue sendo contribuir ao desenvolvimento e a internacionalização de nossa indústria em Portugal”. Este propósito “é bem mais forte que o facto de que as empresas compitam umas com outras”. Assegura que “as relações entre os membros se baseiam na confiança, o bem comum e o respeito à confidencialidade dos dados da cada entidade”.
Fontainhas explica que as três prioridades da associação são: “fazer promoção conjunta”, contribuir conhecimento à comunidade “mediante a realização de estudos, estatísticas relevantes para o sector” e, por último, representar os interesses de nossos sócios, “comunicar e exercer influência ante as instituições e a opinião pública porque quanto mais relevantes sejamos, mais valor terá nosso negócio e cresceremos mais”.
O presidente da APR assegura que “os tempos estão a mudar e observamos diferenças na sociedade. A cada vez são mais quem querem viver num resort de forma permanente, ainda que a diferença de dantes, agora procurem um produto personalizado, um lugar onde viver onde se encontre cómodo”. Por isso acha que Portugal está a criar uma oferta muito competitiva baseada nos atractivos “que têm posto de moda este país”.
A APR está composta por 36 dos 40 resorts que existem em Portugal (representados por 23 empresas). Este organismo também tem unido forças para desenvolver uma promoção internacional de Portugal como destino líder em turismo residencial e de segunda residência, colaborando activamente na reputação e a marca não só da cada um dos resorts, sina também do país luso como destino privilegiado para os grandes investidores.