Como será o turismo, no dia depois?

13 de Abril de 2020 4:45pm
Redação Caribbean News Digital Portugues
TurismoPostCovid19

Todos em quarentena se perguntam como será, que passará depois que todo termine. Quando a pandemia comece a ficar atrás e nós a pensar nesse novo mundo que se nos revela, inclusive até desconhecido.

O turismo, então, também terá mudado. Não só a empresa, a agência ou o gestor, senão o próprio turista. Ele terá, então, “no dia depois”, comportamentos e demandas que não serão as mesmas, ao menos não no que a segurança se refere. E é que todo o vivido ter-nos-á marcado.

No entanto, quiçá não seja do todo válido usar o termo do “dia depois”. Estamos seguros de que nesse dia todo terá passado. Com o fim da quarentena, o perigo não terá passado ainda do tudo. Memso assim, a recuperação turística também não será de um dia para outro.

Recentemente vários meios de imprensa têm publicado predições com diferentes palcos para a recuperação, que todas prevêem de forma muito paulatina; algumas estimam atingir o nível anterior à crise a partir de novembro, outras um pouco dantes, no entanto, a maioria delas assegura que será avançado o 2021. Tudo vai depender de fatores tão diversos como a evolução da crise nos mercados emissores, a abertura das fronteiras, os efeitos no poder adquisitivo destes mercados, entre outros.

Sem dúvidas no "dia depois" chegará, e tanto para a humanidade, como para o turismo será com a imunização contra a COVID-19, isto é, quando a guerra contra o vírus esteja ganhada e a segurança garantida.

No que esse momento chega, para o turismo se abre um período no que o comportamento e as demandas do viajante serão, quiçá, desconhecidas. Aqui oferecemos algumas reflexões e propostas, publicadas em outros médios noticiosos, para dois dos principais actores: os planificadores turísticos e os empresários hoteleiros.

Gestão do destino

Aos gestores públicos toca-lhes um labor crucial em todos os âmbitos (promoção, legislação turística, investimento público). No momento da restauração de conexões aéreas muitos destinos competirão agressivamente com campanhas de promoção, que podem ser diferenciadas tanto por mercados, segundo a abertura das conexões, como por segmentos; em cujo caso é provável que tenha que potenciar segmentos alternativos aos habituais, em caso que, por exemplo, os maiores decidam, temporariamente, viajar menos.  

Ser mais competitivos para atrair determinados segmentos implica investimentos em infra-estruturas turísticas. Enquanto chega o momento da reactivação total, seria o tempo ideal para executar obras deste tipo, bem como moradias sociais, o que daria atividade ao sector da construção.

Gestão do alojamento 

Esta crise vai obrigar ao empresário do mundo do hospedaje, hoteleiro ou extrahotelero, a voltar a reagir e se reinventar em pouco tempo. Conquanto a recente crise de Thomas Cook forçou um redesenho dos canais de comercialização, a atual circunstância poderia fazer redefinir o produto em si; já seja incorporando novas medidas de segurança para clientes e empregados, como reevaluando o estabelecimento em sua totalidade quanto aos segmentos objectivo e possíveis inovações no produto que o façam mais competitivo no novo arranque.

Quiçá desde já se possam antecipar as expectativas de segurança do cliente, preparar os hotéis em correspondência com elas, e lhas fazer chegar aos clientes, potenciando assim a reserva para este novo período pós-cuarentena. A chave da implementação estará em oferecer uma segurança visível, sem parecer um hospital.

De seguro existem outras áreas sensíveis que também precisarão ser renovadas”. Alimentos e bebidas pudesse ser uma, pois abarca aspectos tão vitais como a recepção e manipulação de alimentos, a disciplina e higiene do pessoal ou o serviço. Outra seriam os preços de pacotes, alojamentos, excursiones, de todo o que a turismo de férias se refere; se é que é este o primeiro em se reactivar e não o dos negócios.

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