IPW 2022: Sector turístico não quer mais restrições às viagens

08 de Junho de 2022 5:49pm
Redação Caribbean News Digital Portugues
IPW-Dow

Numa roda de imprensa celebrada em Orlando, no marco do IPW 2022, o maior evento internacional de turismo receptivo de Estados Unidos, o presidente da US Travel Association, Roger Dow, voltou a fazer questão da necessidade de que o Governo atue em duas questões finque que, de se resolver, poderiam acelerar a recuperação da chegada de turistas estrangeiros aos níveis anteriores à pandemia: a eliminação das provas de vacunação e a aceleração dos tempos de tramitação dos vistos.

Sobre o primeiro ponto, Dow apresentou os dados de uma encuesta realizada em seis mercados mundiais que indicam que o 54% dos passageiros afirma que as provas aumentam sua incerteza à hora de cancelar sua viagem, pelo que o 71% acaba priorizando os destinos que não têm tediosos requisitos primeiramente.

Segundo a Associação de Viagens de EUA, a eliminação das provas poderia acrescentar 5,4 milhões de turistas internacionais em 2022, que a sua vez gastariam 9.000 milhões de dólares.

Quanto aos vistos, Roger Dow apresentou dados impressionantes sobre os tempos de atraso que se estão a produzir nos principais mercados estadounidenses. Em México, o segundo maior emissor de turistas, há uma demora média de 538 dias; em Brasil, o sétimo maior mercado, 262 dias; em Argentina, o decimoquinto maior mercado, 529 dias; enquanto a média mundial é de 419 dias.

Dow informou de que tem enviado uma carta à Casa Branca na que faz algumas recomendações sobre como abordar este problema, que qualificou de "totalmente inaceitável".

Entre elas, desenvolver um programa piloto para realizar entrevistas por videoconferência aos solicitantes de baixo risco que vão renovar ou tenham problemas urgentes; priorizar os recursos nas embaixadas e consulados que tenham uma grande demanda de vistos; ampliar temporariamente todos os vistos por um ano ou eximir dos requisitos de entrevista aos que vão renovar, especialmente aos que estejam em Estados Unidos.

Igualmente advogou porque se considere a possibilidade de permitir aos titulares de vistos de baixo risco, como os trabalhadores temporários ou os estudantes que já estejam em Estados Unidos, renovar seus vistos em território estadunidense; desenvolver novas formas de agilizar a tramitação de vistos para grupos de viajantes médios e grandes; e pospor e reconsiderar a proposta de aumentar a taxa de visto para não imigrantes, ao menos até que o turismo internacional se tenha recuperado.

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