Voltarão os cruzeiros para Cuba… depois de Trump

28 de Outubro de 2019 3:45pm
Redação Caribbean News Digital Portugues
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Meses atrás viajar para Cuba desde os Estados Unidos era algo possível, inclusive chegou a se converter num verdadeiro prazer para turistas norte-americanos e internacionais em geral, amantes desta modalidade turística.

Hoje, quando as companhias de cruzeiros têm proibido fazer paradas em portos cubanos, seus executivos não descartam regressar num futuro não muito distante, e assim o deixaram saber recentemente em San Juan, Porto Rico, diretivos de algumas das empresas que operam na região Atlántico e Caribe.

Lá, os presentes manifestaram seu interesse, compartilhado com vários círculos políticos e de negócios norte-americanos, sobre reincorporar Cuba a seus itinerários habituais.

Foram muito claros ao afirmar que uma vez que se produza uma mudança na política dos Estados Unidos (em clara alusão à presidência de Donald Trump), as companhias estarão encantadas de voltar para Cuba.

Tal é o caso do diretor executivo da Carnival Corporation, Micky Arison, quem assegurou que com a intempestiva proibição de atracar em Cuba, imposto por Donald Trump, se criou um “ruído” na área turística do Caribe, e agregou que depois da cancelamento das viagens por milhares de clientes se levaram a cabo muitos cálculos sobre as afetações materiais e financeiras derivadas dessa proibição.

“Custa-me trabalho entender esta decisão. Basicamente, têm voltado a uma política que não funcionou durante 50 anos, e não vejo como possa funcionar agora. Existe muito respaldo dentro dos Estados Unidos para retomar o destino Cuba”, enfatizou Arison.

Pela sua vez, o diretor executivo de MSC Cruises, Pierfrancesco Vadio, qualificou de prometedoras suas operações em Cuba, toda a vez que durante o tempo que sua companhia se manteve operando no país, organizou muitas viagens desde os Estados Unidos até Havana onde estabeleceu seu porto-baseie.

Vago não duvidou em afirmar que um giro na atual projeção de Washington para Cuba seria muito boa notícia não só para sua companhia senão algo “genial para todo mundo na indústria de cruzeiros”.

Mesmo assim teve comentários por parte de outros executivos reunidos em San Juan, como o vice-presidente executivo da companhia Royal Caribbean, Adam Goldstein, quem disse que “nossa experiência em Cuba foi notavelmente positiva. Os clientes adoravam viajar à ilha, e nossos cruzeiros atingiram um indubitável sucesso com esse destino”.

Não poucos analistas asseguram que a chegada de cruzeiros a portos cubanos deixava milionários rendimentos aos donos dessas empresas, margens bem mais significativas que os que pudesse receber o governo cubano, a quem o presidente norte-americano pretendeu castigar com a medida que entrou em vigor o passado 5 de junho, quando desde a Casa Branca se difundiu um decreto que desautorizava as operações em Cuba de todas aquelas empresas de cruzeiros.

É lógico pensar então, que ditas companhias devem estar a aguardar cautelosas toda mudança eventual na presidência dos Estados Unidos como uma possibilidade para regressar a portos cubanos.

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