Reabre uma praia em Madeira desde que começou a pandemia

11 de Maio de 2020 3:02pm
Redação Caribbean News Digital Portugues
PortoSanto

Portugal volta-se a adiantar aos países de seu meio e se converte no primeiro lugar da União Européia onde será possível ir à praia. Não fá-se-á realidade no território continental até junho, mas desde o domingo 10 de maio se abre a primeira delas, a enorme praia de Porto Santo, situada na ilha do mesmo nome em frente à de Madeira, denominação com a que também se conhece a todo o archipiélago.

Assim o anunciou o presidente da região autónoma (uma das duas que existem em Portugal, como igualmente Açores), Miguel Albuquerque, ainda que com uma dupla medida excepcional: nada de restaurantes nem de vestuários, pois ambos permanecerão fechados.

A praia de Porto Santo, com oito quilómetros de longitude e uma areia fina de propriedades terapêuticas (devido à calcita que contém), tem um aspecto caribenho que a converte na mais atraente de todo Madeira. O meio, 43 quilómetros ao nordeste de Funchal, antecipa-se ao resto de praias do archipiélago, que têm previsto receber aos visitantes a partir da sexta-feira 15 de maio.

Nada estranho se temos em conta que o conjunto de Madeira, em pleno Oceano Atlántico, leva numa semana sem registar novos casos e que o total de positivos ascende a 90. Ademais, é a única região portuguesa sem mortes pelo coronavirus. De maneira que Porto Santo ensaya um abono do controle que se avecina desde o 1 de junho nas praias do país vizinho, centrado na distância social ao estender a toalha na areia e num estacionamiento de veículos regulado, além de que despregar-se-ão vigilantes para que não se atinja um excessivo aforo.

Sim, porque será o próximo mês quando as quase 500 praias marítimas do litoral português comecem de novo sua actividade após um confinamiento que em nenhum momento tem sido punitivo, isto é, não se aplicaram multas quando alguém era surpreendido na rua sem uma causa justificada.

Reactivação do sector turístico

A economia destas ilhas depende em grande parte do turismo, ainda mais que a faixa continental do país, que agora se decide a dar um salto para priorizar este sector à hora de reavivar seus motores financeiros enquanto Itália (com mais de 30.000 falecidos), Espanha (26.478) ou França (26.310) não podem se permitir pensar sequer numa tímida recuperação, pois a pandemia segue causando estragos.

Por sua vez, a cifra de Portugal permanece muito por embaixo: 1.126 pessoas têm perdido a vida por esta doença tão contagiosa. E aí afunda suas raízes a base de sua estratégia para apostar pela reactivação do sector turístico, verdadeiro eixo sobre o que pilota sua estabilidade e seu crescimento nos últimos cinco anos. Algo bem como «turistas, sejam bem-vindos e aqui poderão desfrutar de uma maior segurança neste contexto de hoje».

Com tudo, faltam muitos detalhes por determinar ao redor do trânsito às praias. Por exemplo, as fronteiras de Portugal com Espanha continuam baixo mínimos e ainda não se sabe quando aceitará o país vizinho as abrir, dada a alta incidência do coronavirus a este lado da ‘Listra’. Ademais, o tráfico aéreo está muito restringido e, provavelmente, os hotéis não poderão abrir suas portas até julho, dependendo da evolução dos acontecimentos.

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