União Européia mantém restrições sobre EUA e Grã-Bretanha

07 de Junho de 2021 12:03pm
Redação Caribbean News Digital Portugues
Union Europea restricciones (El Español)

A União Européia (UE) insta aos Estados membros a manter a proibição primeiramente de turistas e outros viajantes não essenciais procedentes de EUA e Grã-Bretanha, entre outros países não comunitários, pese a que muitos membros dos setores da aviação comercial e a hotelaria europeus joguem fumaça pelo que consideram um ritmo lento de redução das restrições às viagens dos turistas.

Afirmam que a Comissão Européia está sendo demasiado cautelosa, e também estão impacientes pela falta de uniformidade entre os Estados membros sobre a reapertura de seus países aos turistas este verão do hemisfério norte.

A maioria dos governos nacionais têm aplicado as estritas recomendações de viagem da CE, mas outros não o fizeram nas últimas semanas, o que complica ainda mais as viagens ao bloco desde o exterior, especialmente para quem não podem tomar vôos diretos a seus destinos.

Alguns Estados membros também têm imposto restrições às viagens desde outros países da UE, convertendo o bloco e o outrora espaço Schengen sem fronteiras em um complicado rompecabezas de normas e requisitos.

Itália, Portugal e Grécia, Estados membros do Espaço Schengen, e Croácia, membro da UE, têm feito caso omiso de Bruxelas e têm aberto com cautela seus países, dependentes do turismo, aos viajantes, incluídos os de Estados Unidos e Grã-Bretanha, que têm vacunado a mais população que a UE. Itália começou a suavizar as restrições de viagem a estadunidenses e britânicos em meados de maio, ainda que com frequência seguem aplicando-se quarentenas. Os estadunidenses podem viajar a Itália em vôos aptos para COVID-19, que requerem múltiplas provas de coronavirus.

Os viajantes estadounidenses e britânicos são cruciais para a indústria turística européia. Os estadunidenses fizeram mais de 36 milhões de viagens a Europa em 2019. O número total de visitas turísticas de residentes do Reino Unido à União Européia atingiu os 67 milhões no mesmo ano.

Os 27 estados membros da UE têm estado debatendo durante meses as formas de facilitar as viagens, tanto dentro do bloco como desde o exterior, e o CE tem recomendado a todos os estados membros que a partir de 1 de julho levantem as restrições aos viajantes que estavam completamente vacunados ao menos 14 dias dantes de sua chegada à UE.

Para o 1 de julho, o certificado digital COVID-19 da UE deverá estar em funcionamento em todo o bloco, o que permitirá às autoridades fronteiriças verificar o estado do coronavirus dos viajantes: se têm sido vacunados, se têm dado negativo em uma prova recente ou se têm provas de ter-se recuperado da infecção por coronavirus. Sete países, entre os que se encontram Grécia e Croácia, países dependentes dos turistas, já têm começado a pôr em marcha os chamados passaportes de vacunação muito dantes do previsto.

O governo de Biden ainda não tem levantado a proibição aos viajantes que desejem visitar Estados Unidos desde os 27 estados membros da União Européia e o Reino Unido, mas os servidores públicos têm indicado que isso poderia mudar cedo.

Enquanto, Grã-Bretanha também se enfrentou às críticas dos países do sul de Europa por não os incluir em seu exigua "lista verde" de países seguros para viajar. O Ministério de Assuntos Exteriores de Portugal disse que não podia "entender a lógica" de que Grã-Bretanha alterasse para Portugal de verde a âmbar em meados de semana.

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