Os Reis de Espanha realizam uma viagem positiva e necessária a Cuba

12 de Novembro de 2019 11:04am
Redação Caribbean News Digital Portugues
Reyes-españa

Os laços históricos e culturais que unem a Cuba e Espanha se fortaleceram com a chegada do rei Felipe VI e a rainha Letizia, esta segunda-feira a Havana, na primeira Visita Oficial de monarcas espanhóis à Ilha que terá lugar de 12 a 14 de novembro no contexto das festividades pelo aniversário 500 de Havana.

Eu fico convencido que a população espanhola vai vê-o como una viagem positiva e necessária, disse em declarações a Televisão Cubana o embaixador espanhol Juan Fernández Trigo, quem reconheceu que aquele é provavelmente o país onde se defende mais a Espanha por parte da população de toda América e “não tem sentido que leváramos tanto tempo sem se visitar neste alto nível”.

O diplomata ressaltou os vínculos bilaterais e somou: Nós conhecemos quais são as circunstâncias pelas que atravessa Cuba e sempre temos querido estar para seu lado, temos votado a favor que o embargo se elimine, temos demonstrado que nós temos uns laços de afeto, mesmo comerciais e culturais que justificam que nós estamos aqui de muito tempo  o que jamais nos tivemos ido.

A Ilha e a península Ibérica quedaram enlaçadas por laços feitos ao calor da conquista e colonização do século XV, e embora ocorressem três guerras pela independência, se mantiveram latentes as relações de afeto e simpatia entre os povos cubano e hispano.

A Espanha é o primeiro investidor no setor turístico e um dos primeiros investidores nos outros âmbitos. A presencia de cadeias hoteleiras   vinculadas à gestão de hospedagem na Ilha, como Melia, Iberostar, Barceló, Globalia, Sercotel, NH, Blau y Roc cresce a cada ano.

A nação ibérica  resultou a mais representada na recentemente concluída Feira Internacional de Havana (FIHAV 2019),  onde patenteou seu interesse por manter seu protagonismo na economia cubana. É o terço sócio comercial, somente antecedido pela China e Venezuela.

Em 2018, e no que vá de 2019, as exportações da Península para a Antilha Maior, inter-anualmente, aumentou mais de 10 por cento, mostra do compromisso, fiabilidade e aposta pelo mercado cubano embora os momentos não sejam os mais fáceis, destacou María Pena Mateos, conselheira delegada de ICEX Espanha Exportação e Investimento.

Anunciou-se que seguem em marcha novos instrumentos para apoiar o investimento e o comercio bilateral e neste ano se tem 13 por cento mais de empresas espanholas que exportam a Cuba, para um total próximo a três mil 500, das que o tercio - cerca de mil- o faz regularmente.

A visita dos Reis de Espanha constitui,  sem dúvidas, uma confirmação para as mais de 300 empresas da nação ibérica que integram a Associação de Empresários Espanhóis em Cuba e que se viram submetidas também a reclamações trás a ativação do Título III da Lei Helms-Burton  e o recrudescimento do bloqueio económico, comercial e financeiro de Estados Unidos contra a Maior das Antilhas.

Os Reis durante sua estância em Havana, de acordo com o transcendido em médios de imprensa, terão um encontro com o Presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez, um passeio pela Havana Velha guiados por o historiador Eusebio Leal Spengler e a visita ao Museu de Belas Artes, onde será exposto em uma sala independente um autorretrato de Goya, cedido de maneira temporal pelo Museu do Prado, entre outras atividades.

Transladar-se-ão para Santiago de Cuba, último palco das ações da guerra hispano-cubana-norte americana de 1895-98, visitarão a colina de San Juan e o Castelo de São Pedro da Rocha, e dedicaram uma homenagem aos soldados e oficiais hispanos, à esquadra do Almirante Pascual Cervera mergulhada pelos couraçados estadunidenses, fato que pus fim à contenda bélica e o domínio de Espanha em América.

A visita de Felipe VI e Letizia concluirá em 14 de novembro e será uma amostra do fortalecimento dos laços históricos e culturais entre a península e este país Ibero-americano.

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