Antón Arrufat Mrad, um santiaguero por natureza

16 de Agosto de 2014 10:32pm
claudia
Antón Arrufat Mrad, um santiaguero por natureza

Santiaguero (pessoa que nasceu em Santiago de Cuba) por natureza. Seu sangue é misto, catalão pela parte paterna e libanesa pela materna. Ao nascer em 14 de agosto de 1953 seu signo zodiacal é Leo, gente obstinada e voluntariosa, inclinada ao suicídio quando fracassa em seus propósitos, mas segundo Antón Arrufat Mrad é até hoje, a negação vivente de tal afirmação zodiacal.

O Grupo Excelencias convida-lhe a conhecer sobre a vida e obra deste dramaturgo, novelista, contista, poeta e ensaísta santiaguero, que se encontra recentemente celebrou sues 61 anos de idade.

A personalidade de Antón Arrufat foi-se formando nas vivências pessoais de sua heterogênea vida. Marcada por sua educação eclesiástica, as continuas mudanças de sua família, a morte de seus pais sendo ainda muito jovem, sua estadia e viagens pelos Estados Unidos e Europa. Além da literatura que o acompanha até hoje e lhe serviu para sua realização pessoal.

A miopia acompanhou-o desde muito menino– e ainda hoje, pois é congênita- embora que sua família o ignorava. Esta doença demorou que aprendesse a ler desde que começou a estudar suas primeiras lições no colégio de Dolores, da Companhia de Jesús, em sua cidade natal.

A família muda-se para Havana quando ele tinha onze anos de idade. Ainda que tivesse preferido estar nuns anos mais no berço do são e o bom rum. Muitos anos depois suas lembranças sobre sua breve estadia em Santiago de Cuba servem-lhe como argumento e pretexto para se estrear como novelista com La cajá cerrada (A caixa está fechada). Publicada em 1984 e obtém o Prêmio da Crítica, num ano mais tarde.

Continua seus estudos na capital e consegue se graduar no ano 1979 de Filologia pela Universidade de Havana.

O teatro não só chega a este dramaturgo no ano 1957 quando se estréia sua primeira peça teatral El caso se investiga (O caso se pesquisa), senão desde menino quando jogava felizmente com sua irmã a representar obras que saíam de sua prodigiosa imaginação e obrigava a toda a família a ver as funções além da visita que estivesse em casa. Suas peças teatrais têm sido traduzidas ao polaco, inglês e francês e têm sido estreadas em Estados Unidos, Venezuela, México, Porto Rico e Varsóvia.

Nos meios culturais do país podem-se encontrar seus primeiros escritos e os mais contemporâneos como a revista Ciclone e Casa das Américas, da qual foi seu fundador e diretor por cinco anos, Lunes de Revolución (Segundas-feiras de Revolução), Cuba em la UNESCO (Cuba na UNESCO), Unión (União), La Gaceta de Cuba, entre outros meios. Além das publicações que tem no estrangeiro.

A polêmica não tem faltado na heterogênea vida de quem foi o amigo e testamenteiro literário de Virgilio Piñera. Los siete contra Tebas (Os sete contra Tebas) é uma obra de teatro que lhe valeu o prêmio José Antonio Ramos que outorga a União de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC) além de catorze anos de silêncio intelectual nos que não pôde publicar.

Sua prosa permitiu-lhe obter diversos galardões entre os que se destacam: o de Crítica Literária e Casa das Américas em teatro e poesia respectivamente, o Prêmio Nacional de Literatura (2000), o Ibero-americano de Conto Julio Cortázar (2005) a medalha Alejo Carpentier e a Distinção pela Cultura Cubana.

Definir ao santiaguero isto é carnavais, conga, rum, pelota… mas se vamos definir ao santiaguero Antón Arrufat Mrad há que dizer que é snobista, segundo seus amigos por viver para perto de Lezama Lima, irônico em ocasiões, não gosta de ter acento santiaguero, mas no entanto, lhe encanta o Cayo Smith à entrada da baía de Santiago de Cuba, não lhe agrada o jornalismo e a literatura é importante por a qualidade do que se escreve e não pela quantidade.

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