ARCOMadrid 2017, a grande cita da arte contemporânea na Espanha

14 de Dezembro de 2016 11:11am
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ARCOMadrid 2017, a grande cita da arte contemporânea na Espanha

Depois de 35 anos de trabalho forte a feira ARCOMadrid justo foi posicionada como uma das citas de arte mais importante no mundo à que assistem a galerias de todos os continentes.    

Do 22 ao 26 de Fevereiro deste próximo ano  o notável encontro dedicado à arte contemporânea abrirá um capítulo novo de sua história com a assistência confirmada a seu evento anual de 200 galerias distribuídas entre o programa geral e as seções comissionadas.    

ARCOMadrid 2017 é novamente plataforma para visibilizar o trabalho de artistas e de potenciação da troca entre galerias, profissionais e coletores, dando à capital Espanhola o título de capital mundial da arte contemporânea durante cinco dias.    

Carlos Urroz, diretor de ARCO, conversou com Excelências sobre a importância da feira, na forma em que a feira aumentou seus horizontes geográficos e temporários, e como se adapta aos novos momentos sem dar um ápice de sua condição de ponto de encontro das visões mais atuais na arte.    

Na realidade neste último ponto Urroz assinalou quanto Arco evoluiu para uma feira diferente, para uma feira mais apropriada para a situação econômica global.    

É menor, diz, mas concentrado na qualidade. "Uma feira de descoberta, onde os coletores vêm a descobrir os artistas novos graças ao trabalho que nós levamos a cabo de conjunto com comissários que trabalham tanto na seleção de artistas como em apresentar galerias novas que participam pela primeira vez em uma cita destas magnitudes."     

Uma das peculiaridades que distingue ARCOMadrid é a presença da arte Latino-americana. Todos os anos é reafirmado o interesse dos galeristas e artistas daquela parte do mundo que terão na Argentina ao país convidado.    

Argentina, avança Urroz, será representada por 16 galerias, embora é necessário realçar a assistência importante de outros países como o Brasil que estará com 14, Colômbia, Cuba, Porto Rico, Nicarágua e Peru."    

"Nós fazemos muita investigação em mercados emergentes para identificar que galerias são as mais interessantes nessas cenas."    

Aos artistas dessas nações os estão apoiando de forma que eles possam mostrar o seu trabalho em ARCO?    

Nosso trabalho é mais com as galerias que diretamente com os artistas, mas sim nós temos uma colaboração que permite visibilizar na cena internacional a arte Latinoamericana.   

Cuba tem uma presença de artistas mais que de galeristas na feira, como você vê a introdução da arte Cubana na Europa?    

Eu acredito que há um grande interesse por parte dos artistas Cubanos, muitos deles trabalham com galerias européias e a cena da arte da Ilha é muito interessante, muito fértil, e infelizmente não tão conhecida para o grande público na Europa.    

ARCOMadrid dá espaço a todos os formatos artísticos, alguma expressão é mais visibilizada?    

Sim, há de tudo, enquanto pintura, instalação, etc., mas nós não optamos para um meio pontual, cada artista escolhe o seu formato, e estão esses que escolhem combinar. Naquele senso Arco tornou-se multidisciplinar.    

Como ponto de encontro a feira concede um papel primordial às necessidades dos especialistas, o que é que eles procuram em ARCO?    

Negócio, contatos, pessoas novas, museus, comissários, tudo aquilo que ajuda mostrar o seu trabalho.    

Naquele senso há uma demanda crescente dos comerciantes, o que lhes oferece ARCO para que eles tenham um alcance maior nos seus espaços expositivos?    

Arco oferece uma série de galerias que têm passado por um processo de seleção exaustivo, assim para os programas gerais como para os comisariados que permitem para a visita apreciar obras que foram selecionados previamente por pessoas que são excelentes no mundo da crítica de arte.    

Na atualidade há feiras internacionais importantes no resto de Iberoamérica que você mostraria como esses de mais penetração de mercado?    

Poderia mostrar que é impressionante como o fiz a SP-arte em São Paulo nos últimos anos, e principalmente Arte Basel, em Miami, Estados Unidos que concluíram só alguns dias atrás, mas também há feiras novas em países como o Peru e Chile que são muito interessantes de conhecer.    

Arte Basel que é uma feira que influencia muito na vida da cidade, acredita que seu semelhante de Espanha pode seguir sua mesma estrada?    

Madrid está transtornada com ARCO, quando passa a semana da feira talvez eles são mais notadas outras instituições como os museus Rainha Sofía e Thyssen que recebem exibições específicas de arte contemporânea, as salas da Biblioteca Nacional que este ano propõe um projeto interessante de Argentina. Eu acredito que essas coisas são as que fazem que ARCO transcenda à cidade e que se note uma atmosfera na que a imprensa e as pessoas estão interessadas na arte contemporânea. Porém, é necessário reconhecer que nós temos poucos eventos desta natureza comparado com outras cidades do mundo, embora eu acredito que a coisa importante não é a quantidade mas a qualidade. Se esses eventos são bons eles serão bem-vindos; se a qualidade não é boa eles não serão tão interessantes.    

Relativo a Arte Basel que pensa que é a coisa mais moderna, o que a faz melhor nestes momentos?    

A capacidade para chamar as pessoas do continente Americano inteiro, é impressionante. É uma feira Pan-americana onde as pessoas participam do Canadá para o Chile.    

Alguma novidade para ARCOMadrid 2017?    

A presença Argentina será impressionante, e a Seção Diálogo que o último ano celebramos seu 35 aniversário que eu acredito será de muito interesse para as 11 galerias inscritas.  

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