Autoridades de Panamá e Espanha analisam esta segunda-feira (6) o conflito em torno às obras do Canal

06 de Janeiro de 2014 10:58am
claudia
Autoridades de Panamá e Espanha analisam esta segunda-feira (6) o conflito em torno às obras do Canal

A ministra espanhola de Fomento, Ana Pastor de visita no Panamá, reúne-se hoje segunda-feira 6 com o Presidente Ricardo Martinelli e com as partes envolvidas para analisar vias de solução ao conflito entre a Autoridade do Canal de Panamá (ACP) e o consorcio Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), que dias atrás anunciou a suspenção das obras na via interoceânica reclamando um sobre custo de 1.6 bilhões de dólares.

O desacordo, que já se tinha conhecido nas últimas semanas, encontrou a seu ciúme a final de dezembro, quando GUPC, integrado pelos consórcios Sacyr, a italiana Impregilo, a belga Jan de Nul e a panamenha CUSA, ameaçou com parar as obras desde o 20 de janeiro se não se reconhece o sobre custo.

O consorcio diz que os trabalhos tem se encarecido pela existência de falhas geográficas não previstas nos estúdios de licitação do projeto e que carece de fundos para continuar, por sua vez a ACP defende que o sobre custo demandado é injustificado e tenta engrossar o contrato, já pagado segundo o acordado.

A passada semana o diretor da ACP, Jorge Quijano, declarou que essa entidade “faz frente aso compromissos de pago contraídos aos 15 dias de que foram apresentadas as faturas das obras, quando a ACP tem 156 dias para fazê-lo” e matem que assumirá os sobre custos sempre que sejam justificados, ou que as instancias previstas deram a razão ao consorcio liderado por Sacyr. “Só esperamos que a contraparte também respeite os seus compromissos contratuais”.

Além de continuarem abertos os canais entre o consorcio internacional e a ACP, tem se explorado vias politicas logo do anuncio do presidente panamenho de visitar Espanha e Itália para tratar o tema com os respetivos governos.

As obras de ampliação do Canal de Panamá começaram em 2007 e deve se terminar em junho de 2015, um atraso de nove meses respeito ao estabelecido no contrato. O programa registra um avanço do 72%, entanto que a construção do novo jogo de esclusas é do 65%.

O GUPC adjudicou-se o projeto de ampliação por um valor de US$5,250 milhões, a oferta mais barata, dos quais US$3,118 milhões correspondem ao contrato para a construção das novas esclusas. Em 2012 reclamou US$585 milhões por problemas com a mistura de cimento, o que foi rejeitado pela ACP, e em dezembro último apresentou uma nova reclamação por US$850 milhões.

(EFE)

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