Centro histórico de Santiago de Cuba: quase médio milênio
O centro histórico ou área urbana fundacional que abarca todo o crescimento da cidade de Santiago de Cuba na etapa colonial (1515-1898), tem uma superfície de 3,2 Km2 e concentra uma população de ao redor de 80.000 habitantes.
Em consequência cresceu estendida pelo território gerando uma rede de ruas, becos e escadarias que em sua adaptação topográfica ondulam com eixos serpeantes que provocam nas zonas altas, verdadeiros mirantes naturais para o porto e a paisagem natural circundante.
Sua arquitetura de forte raiz mourisca recebeu a influência do barroco e o neoclássico, assumidos numa linguagem popular que lhe outorgou exclusividade e uma estética artesanal, e entesoura em seu interior os expoentes da tradição arquitetônico da cidade dos séculos XVI ao XIX, com interessantes prédios públicos e residenciais do século XX que com diferentes estilos: ecléticos, Art Decó, neocoloniais, proto, racionalistas e modernas.
Alguns adotaram os códigos formais de moda e outros encontraram eco nos interesses da modernidade. A estrutura urbana consolidou uma zona de armazenes, oficinas e pequenas indústrias vinculadas ao porto; uma área de centralidade conseguida através de um eixo principal de praças no sentido oeste-este, onde convergem O passeio da Alameda, A Praça do Mercado, A Praça de Armas, A Praça de Dores e A Praça de Marte, às que soma a rua comercial Enramadas e várias modestas praças vinculadas com os prédios religiosos disseminadas pela zona histórica.
Nossa cidade é tão legendaria como inovadora, suas ruas transitáveis e reluzentes até os mais apartadas ruas das velhas lendas citadinas, seus mercados, praças, parques, prédios públicos, fazem de Santiago de Cuba uma cidade acolhedora e habitável, -na época da Colônia, algumas ruas estavam empedradas e outras cobertas por tijolos. As demais eram de terra.
Assim, foi surgindo esta velha cidade cubana, da que seguiremos procurando dados históricos para desentranhar seus encantos.
