Ciência para viajar, aprender e desfrutar: o turismo científico vai-se fazendo um lugar na Espanha

23 de Julho de 2015 6:37pm
claudia
Ciência para viajar, aprender e desfrutar: o turismo científico vai-se fazendo um lugar na Espanha

O turismo científico na Espanha pode ser pôr-se óculos de geólogo por um dia para conhecer Serra Nevada, uma visita a Atapuerca para regressar ao passado, uma rota matemática por Granada ou escudrinhar o céu estrelhado no Teide.

Ainda incipiente em nosso país, no entanto o turismo científico tem muito potencial e muitos utentes à espera. Este tipo de turismo, mais avançado em outros países como França ou EUA, engloba todas aquelas atividades que têm lugar na natureza, cidades, meios de investigação ou museus nos que a ciência é o argumento central para desfrutar e aprender, relata Teresa Cruz, diretora da Fundação Descobre (Andaluzia). As possibilidades são enormes. A seu julgamento, na Espanha há público (que "vai preparado") e se dão todas as condições para que se fomente este tipo de turismo, que ainda não tem encontrado um oco nas pesquisas oficiais.

Entre os mais desenvolvidos está o astronómico, sobre o que sim existe algum dado. Por exemplo, em Tenerife, os visitantes que subiram ao Parque Nacional do Teide para contemplar as estrelas já têm atingido a cifra de 200.000, segundo Luis Martínez, diretor da Fundação Starlight, criada em 2009 e entre cujos objetivos está proteger e conservar os céus noturnos, importante recurso científico. De facto, esta fundação tem criado um sistema de certificação, com vários selos, para acreditar aqueles espaços que possuem uma excelente qualidade do céu e representam um exemplo de protecção e conservação.

Entre as distinções estão Reservas Starlight (espaços naturais protegidos) e "Destinos Turísticos Starlight". Na Espanha têm obtido uma destas distinções a comarca da Serra Sur (*Jaén), Serra Morena, A Palma, Gredos Norte, O Teide ou a reserva da biosfera Vales do Leza, Jubera, Cidacos e Alhama (A Rioja).

"O que mais nos interessa é que esse excelente céu protegido sirva como alavanca para desenvolver a economia local", afirma Martínez, quem aponta que aquelas zonas que conseguem a qualificação Starlight -para a que existem controles- desenvolvem uma "interesantíssima" atividade de divulgação da astronomia.

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