Cuba abre Museu Nacional da Rota dos Escravos
Um museu sobre os quatro séculos da escravidão de que foi vítima a população de origem africana foi inaugurado em Cuba sob a égide da Unesco.
O Museu Nacional da Rota dos Escravos está situado na Fortaleza de São Severino, construída no século XVIII para proteger a cidade de Matanzas, a meio caminho entre Havana e a praia de Varadero.
O museu foi inaugurado pelo ministro cubano da Cultura, Abel Prieto, e pelo presidente do conselho executivo da Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO), Olabiyi Babalola Joseph Yai.
"A nossa maior tarefa consiste em romper o silêncio sobre a discriminação racial", disse o representante da UNESCO, originário do Benin.
A província de Matanzas e os seus campos de cana de açúcar acolheram uma grande parte dos escravos em Cuba.
Entre 1503 e 1873, mais de um milhão e meio de africanos foram transportados para Cuba onde trabalharam como escravos.
O projeto "A rota dos Escravos" foi lançado em 1997 pela UNESCO para favorecer o diálogo intercultural através da identificação dos sítios históricos evocando a presença na diáspora de africanos vítimas de esclavagismo.
Lusa