Cuba impactará em turismo regional

01 de Outubro de 2015 7:19pm
claudia
Cuba impactará em turismo regional

A restauração das relações entre Estados Unidos e Cuba vai ter como consequência uma afluência em massa de turistas estadunidenses na ilha caribenha, que vai impactar de maneira negativa no sector turístico de seus países vizinhos, coincidiram especialistas de Latino-américa reunidos no Panamá.

"Quando Cuba se abra ao turismo, fundamentalmente se vão ver afetados Porto Rico e República Dominicana", afirmou Damián Valenzuela, o analista da companhia Latin America Invest.

O turismo está a mudar de uma forma tremenda, principalmente pela revolução dos conhecidos como Millennials (os nascidos na década dos 80 e princípios dos 90), que utilizam o celular para comprar viagens sem ir a intermediários”, explicou o presidente da Comissão de Turismo das Américas da Câmara de Comércio Latina de Estados Unidos (Camacol), Juan Miguel Moreno.

Até agora, o 60 % das reservas turísticas se fazem através das aplicações móveis, daí a necessidade de procurar novos modelos de negócio, precisou Moreno. A Camacol, que tem sua sede principal em Miami, é uma das associações empresariais mais influentes dos Estados Unidos, da que fazem parte a maioria das câmaras de comércio de América Latina, e cujo principal objetivo é promover os investimentos hispano-americanas no país.

Para o resto de países de América Latina, a abertura de Cuba "vai representar uma oportunidade", em palavras de Valenzuela. "Não representa um risco para o turismo do resto de países, simplesmente vai ter maior oferta e todos os países vamos ter que nos fazer mais competitivos", acrescentou o presidente da câmara panamenha, Carlos Fernández.

“O turismo é uma das grandes indústrias que sustenta a maioria das economias de América Latina. Não se trata só de vender camas hoteleiras, transporte ou atividades, o turismo tem uma influência direta sobre o comércio”, apontou o diretor da Camacol. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), no ano 2014 superaram-se os mil milhões de viajantes, um 4,7 % mais que no ano passado, e Estados Unidos seguiu sendo o primeiro emissor de turistas para América Latina.

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