Em seis meses recuperar-se-á o turismo em Paris

19 de Novembro de 2015 5:51pm
claudia
Em seis meses recuperar-se-á o turismo em Paris

A redução na chegada de turistas internacionais que enfrenta França recuperar-se-á num prazo não maior a seis meses, pois estas crises têm ciclos a cada vez mais curtos, assegurou Iñaki Garmendia, assessor para temas de segurança da Organização Mundial do Turismo.

Entrevistado telefonicamente desde Madri, Garmendia disse que hoje a prioridade em Paris é atender às vítimas feridas e aos familiares de quem faleceram.

Desde a perspectiva económica, França tem outras prioridades, além do turismo, pois trata-se de um líder na produção automotriz e na inovação tecnológica mundial, disse.

Quando chegue o momento de atender a baixa na chegada de turistas, considerou que o principal repto será não perder a credibilidade em frente aos viajantes.

Ainda que seguramente o vereador de turismo da cidade de Paris não tem o mesmo peso que os responsáveis por outras áreas mais sensíveis; sustentou que esta situação extrema oferece a possibilidade de desenvolver uma série de procedimentos para os aplicar quando ocorram outras crises no futuro.

Em cidades como Paris, que recebe dezenas de milhões de turistas internacionais ao ano, deveria existir uma coordenação entre as autoridades de áreas como a segurança, a saúde e a economia, para atender aos viajantes.

Trata-se de ir para além do conceito de polícia turística, disse, inclusive para atuar em frente a outros problemas individuais como roubos e violações a pessoas, que geralmente se tratam de ocultar.

A necessidade de definir estes procedimentos, hoje não se reconheceu nem sequer em países como Egito e Tunísia, onde sua economia está diretamente vinculada ao turismo e que estão a sofrer devido às situações violentas que têm enfrentado nos últimos anos.

O experiente considerou que nos seguintes meses, França terá a necessidade de trabalhar em temas como a promoção e a marketing para acelerar o regresso dos viajantes.

Interrogado sobre os efeitos que terá a declaração de guerra do governo francês ao autodenominado Estado Islâmico, Garmendia considerou que de nada teria servido enfatizar as palavras.

De facto, sustentou que quando chegue o momento de promover os destinos franceses, deverá ter uma correspondência entre a posição do governo desse país em frente ao terrorismo e as razões para os visitar.

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