Mundial de Futebol será oportunidade única para o setor turístico do Brasil

03 de Outubro de 2013 9:41am
claudia
Mundial de Futebol será oportunidade única para o setor turístico do Brasil

O Mundial de Futebol 2014, que porá "todos os olhos do planeta" sobre Brasil, será uma “oportunidade única”, declarou o ministro brasileiro de Turismo, Gastão Vieira, quem sublinhou o grande impacto do evento esportivo no setor da hospitalidade de um país que ainda não consegue cumprir seu potencial, com pouco mais de cinco milhões de turistas estrangeiros anuais. 

A cifra de 5,6 milhões de visitantes recebidos em 2012 é similar à que recebe Argentina, mas luze escassa em frente às dimensões e o potencial do Brasil, que segundo Vieira tem como meta chegar a 7,5 milhões de turistas estrangeiros para 2016, quando Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos. 

Cita-a olímpica dará sequência à visibilidade que começará a ter o Brasil com o Mundial de Futebol de 2014, mas Vieira aclarou que o governo agora trabalha em função das prioridades. 

"A primeira, sem dúvida, é o Mundial", apontou o ministro, e admitiu que ainda há muito por fazer para conseguir o objetivo de que o estrangeiro "seja tratado como se fosse único desde o momento de sua chegada a Brasil, até que embarque de regresso a seu país". 

Nesse sentido, Vieira reconheceu que falta concluir obras em vários aeroportos das doze cidades sedes do Mundial, que as empresas aéreas do país enfrentam dificuldades financeiras produto da crise global e que a rede hoteleira tem problemas que ainda não têm sido resolvidos. 

Não obstante, expressou plena confiança em que os aeroportos e as lihas aéreas estarão em "plena capacidade" de atender aos 600.000 estrangeiros que se esperam para o Mundial e aos três milhões de brasileiros que deverão circular pelo país durante o evento, que se celebrará entre o 12 de junho e o 13 de julho de 2014. 

Em relação à rede hoteleira, para além das dúvidas que existem sobre sua capacidade em algumas das doze sedes do Mundial, Vieira também reconheceu que "preocupa" a possibilidade de que se repitam os brotes especulativos que teve em outros eventos celebrados no país. 

Como exemplo, citou o ocorrido no ano passado, em vésperas da Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que se celebrou no Rio de Janeiro e à que várias delegações estrangeiras ameaçaram com não ir pelos preços abusivos dos hotéis. 

Outro problema nessa área é a classificação dos hotéis, que no Brasil não está devidamente regulamentada, o qual leva a que tenha estabelecimentos de cinco estrelas "que não chegariam a três" em outros países, admitiu.

Faz três anos, o governo tentou pôr ordem e anunciou um plano de re-classificação hoteleira baseado nos estándares internacionais, mas não teve êxito. 

Vieira explicou que, por obstáculos que impõe a legislação, a adesão a esse plano "não era obrigatória" e o nível de resposta dos hotéis dispostos a passar por esse processo "foi ridículo". 

De cara ao Mundial de futebol, o ministério de Turismo preparará uma guia própria que distribuirá entre os turistas e valorizará aos hotéis segundo classificações internacionais, ainda que Vieira aclarou que isso não alterará o número de estrelas que se atribuem, pelo que só servirá como "orientação". 

Apesar de que Brasil pretende se valer dos eventos esportivos para melhorar sua posição como destino internacional, Vieira também afirmou que o setor turístico do país tem uma "enorme força" em seu poderoso mercado interno. 

 

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