Painel internacional debaterá sobre novo Museu Nacional do Equador

Antropólogos, curadores, museógrafos e educadores da Argentina, Colômbia, México, França e Equador, analisarão hoje aqui os desafios do novo Museu Nacional deste país sul-americano.

A entidade entrou em processo de readequação em novembro de 2015, com o objetivo de se adaptar à sociedade e cultura contemporânea, em resposta à necessidade de redimensionar a função pública que tinha a instituição nos últimos anos.

Especialistas e autoridades dos ministérios de Cultura, Educação, Conhecimento e Talento Humano participarão nesta quarta-feira de um encontro para trocar experiências sobre a reestruturação e a conveniência de um novo conceito, sempre em correspondência com a identidade nacional.

Os palestrantes internacionais serão María dos Anjos González, da Argentina; Camilo Sánchez, da Colômbia; Ricardo Rubiales, do México; e Bernard Marcadé, da França.

De acordo com o vice-secretário técnico de Memória Social no Equador, Joaquín Moscoso, o Museu Nacional foi criado em 1969 pelo Banco Central sob uma cosmovisão e perspectiva diferentes às que agora regem os temas vinculados à cultura.

A instituição nasceu com uma significação de bens culturais para o público que atualmente, não só no Equador mas no mundo, pode ser obsoleta, comentou o servidor público no final de novembro em entrevista à Prensa Latina.

Segundo o inventário realizado com vistas à intervenção museológica, o museu exibia 2.267 bens, dos quais mais de 1.200 são arqueológicos, contém coleções de metais ancestrais como ouro e prata, uma amostra de bens coloniais, uma de objetos republicanos e outra de arte contemporânea.

Todos os processos de desmontagem obedeceram protocolos de segurança altamente técnicos, estabelecidos por normas internacionais e foram filmados por diferentes câmeras, assegurou o servidor público.

Localizado dentro do edifício dos espelhos da Casa da Cultura Equatoriana, o Museu Nacional reabrirá suas portas com um novo conceito em dezembro de 2016, em ocasião da comemoração da Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Habitat III.

Moscoso destacou que o fechamento da instalação era um tema pensado faz tempo para dar resposta a uma sociedade em mudança que exige novas formas de interagir com o público.