Para onde caminha a indústria?
As mudanças no mercado de turismo são assustadoramente rápidas e nossa única certeza é que a tecnologia continuará atuando como personagem principal nos próximos capítulos. O Airbnb passou a vender hotéis, assim como o Booking.com agora também vende hospedagem em casas e apartamentos, voos, trens, aluguéis de carro e táxi. Existe aplicativo para organizar todas as reservas em um só local, assim como, diversos sites de economia compartilhada, que colocam em contato fornecedores e compradores, que surgiram para atender demandas dos viajantes modernos. Alguns exemplos são o Splacer (o Airbnb dos eventos), o Rent-a-boat (o Uber dos barcos), e o próprio Airbnb Experiences.
Além disso, gigantes, como o Google, investem em aplicativos, como o Google Trips, que o usuário baixa no celular, seleciona atrativos, restaurantes, bares, entre outras predileções, e o app monta roteiro detalhado em questão de segundos. E ele ainda roda offline! Sem contar os bots, óculos de realidade virtual e Big Data que têm sido usados com muito sucesso por diversas marcas do setor de turismo.
Na comunicação, a velocidade das mudanças não é muito diferente. Redes sociais surgem e outras perdem relevância. O Facebook, maior rede social utilizada no mundo, vem perdendo usuários, principalmente com menos de 25 anos, além de clientes, depois das mudanças anunciadas em função das fakes news. O escândalo recente resultou na perda de US$ 50 bilhões, em dois dias.
E o que nós, profissionais de turismo, temos a ver com tudo isto? Não podemos ficar parados. É como subir num trem em grande velocidade. As mudanças acontecerão cada vez mais rápidas e com maior frequência. Empresas e profissionais do turismo têm que desenvolver uma “alma digital”, ou seja, entender que os clientes hoje têm outro comportamento, outras expectativas e querem novas soluções. As marcas que continuarem oferecendo produtos e respostas “analógicas” tendem a desaparecer.
Para sermos competitivos temos que explorar todos os recursos que estão ao nosso alcance. Feiras, eventos presenciais, networking, capacitações de diversos temas, formatos, etc… E claro, toda a tecnologia que está disponível. Desde softwares, plataformas, aplicativos e ferramentas até sites, chatbots, vídeos 360º e mídias sociais. As redes sociais há tempos tornaram-se mídias ultra relevantes para todas as empresas de turismo. Utilizá-las de forma amadora, sem estratégia, sem relevância para o público alvo, sem nada interessante para comunicar, é praticamente um tiro no pé. Facebook, Instagram, LinkedIn, Youtube e Pinterest fazem parte da vida de 130 milhões de brasileiros, sendo que 120 milhões acessam pelo smartphone.
Enquanto algumas marcas do turismo ainda usam esses canais de forma amadora, empreendedores mais “antenados” já exploram todos os recursos das redes sociais. Stories, loja online dentro da Fan Page, oferta de produtos no Marketplace, e os recém criados “Anúncios Dinâmicos”. Este recurso permite investir em campanhas publicitárias no Facebook de forma que os anúncios aparecem para consumidores que já estão planejando viajar. E, então, eu pergunto: em qual fase deste processo está a sua empresa? Entenda que dependendo da resposta, é também para onde ela caminha.