República Dominicana e Cuba lideram cifras de turismo de estância no Caribe

28 de Outubro de 2013 5:48am
claudia
República Dominicana e Cuba lideram cifras de turismo de estância no Caribe

O Caribe recebeu a 15,6 milhões de visitantes entre janeiro e julho, informou a Caribbean Tourism Organization (CTO) em um recente encontro regional em Martinica, onde se conheceu que a regional não tem tido uma “diferença incremental” nas cifras de turistas com respeito a 2012 e que República Dominicana, Cuba e Jamaica lideram as estatísticas do turismo de estância.

Em um encontro com a imprensa durante a recente Conferência sobre o Estado da Indústria (SOTIC 2013), celebrada neste mês em Fort-de-France, a presidenta da CTO, Beverly Nicholson-Doty, disse que o mercado dos Estados Unidos, finque para grande parte dos destinos da região, teve um crescimento marginal de 0,8% e totalizou 7,8 milhões de viajantes.

A nível caribenho, essa cifra representou uma quota de 50,4% do mercado, maior que no período janeiro-julho de 2012, quando Estados Unidos emitiu o 49,6% dos viajantes que recebeu a região.

Dos 26 países da CTO que reportaram suas chegadas (entre 32 membros), Aruba, Belize, Ilhas Cayman, Curaçao, Guiana, Haiti, Montserrat, St Kitts e Nevis e Suriname foram os que mostraram um ritmo de crescimento mais rápido nas cifras de visitantes.

Quanto às chegadas de turistas de estância (diferentes de cruzeiros e excursões), a República Dominicana teve o melhor desempenho, com 3,31 milhões de visitantes segundo os dados da CTO, seguida de Cuba (1,99 milhões), Jamaica (1,26 milhões), Porto Rico (731.959) e a Bahamas (730.988).

No período assinalado, 13,4 milhões de visitantes chegaram às ilhas via cruzeiros, principalmente a 22 países da região. A cifra reafirma ao Caribe como principal destino de cruzeiros no planeta.

No setor de cruzeiros, a lista de destinos é encabeçada por Bahamas (2,78 milhões de passageiros), por adiante de Cozumel, México, com 1,84 milhões; Ilhas Virgens dos Estados Unidos (1,32 milhões), St Maarten (1,01 milhões) e Ilhas Cayman, com 859.850.

Ao analisar as cifras em uma comparação interanual, servidores públicos da CTO chamaram a atenção sobre o fato de que os 15,6 milhões de visitantes recebidos entre janeiro e julho passados representam que não tem tido um incremento com respeito aos primeiros sete meses de 2013.

Só uma dezena de destinos mostraram números positivos. Não obstante, destacaram que os níveis atuais seguem acima dos registros pré-crises, com 17 destinos reportando crescimento, inclusive de até 65% e em vários casos acima da média mundial de 5,2%.

As estatísticas mostram que nos meses de melhores desempenhos foram março e julho, coincidentes com as férias de Semana Santa e a temporada de carnaval nas ilhas.

Os principais mercados emissores à região têm mostrado uma tendência ao declive, com resultados que vão desde o crescimento plano até a diminuição. Além do 0,8% marginal dos Estados Unidos, Canadá contraiu-se 1,5% até os 2,1 milhões de turistas (2,2 milhões em um ano atrás) e Europa teve um descenso de 5,1% em suas emissões, até os 2,8 milhões de viajantes.

Com o tema central “Aperfeiçoando a experiência, oferecendo autenticidade” (Perfecting the Experience, Delivering Authenticity) a SOTIC (State of the Industry Conference) reuniu em Fort-de-France a representantes de empresas, instituições e organizações da região e fora dela relacionadas com a indústria caribenha do turismo.

Ao inaugurar a conferência, Nicholson-Doty alertou que o mercado global do turismo cresce e muda tão rápido que se o Caribe fica atrás “será bem mais difícil e caro pôr ao dia”, correndo o risco de perder terreno em uma indústria que se mantém como principal baluarte econômico das ilhas não só em termos de rendimentos e emprego, senão também de multiplicação para outros setores como a agricultura, a construção ou os serviços financeiros.

Os caribenhos, disse a presidenta da CTO, “somos grandes no debate, nas canções, mas lentos na implementação”.

Entre outras novidades, na reunião conheceu-se que o grupo de trabalho para o setor aéreo (CTO Aviation Task Force) criado pela atual presidência para abordar a situação e os déficits da região no tema da conectividade, impostos aéreos e tarifas, se reunirá em novembro com executivos da IATA (International Air Transport Association) e a ALTA (Associação Latino-americana e Caribenha de Transporte Aéreo). 

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