Santiago de Cuba e os segredos das suas águas

26 de Setembro de 2014 9:39am
claudia
Santiago de Cuba e os segredos das suas águas

No mês de outubro de 2010 Cuba abriu uma rota submarinha para visitar os restos afundados de seis buques que participaram na batalha naval de Santiago de Cuba, no ano 1898 entre a Espanha e os Estados Unidos. O Grupo Excelencias propõe-lhes hoje conhecer o que esse enfrentamento e um dos seus protagonistas, o almirante Cervera testaram às águas desta bela, histórica e importante cidade cubana.

Pascual Cervera y Topete nasceu em 18 de fevereiro de 1839 em Medina-Sidonia, Cádis. À idade de 13 anos entrou para o colégio naval e três anos mais tarde, em 1855, foi ascendido a guarda-marinha, prestando serviço durante a  campanha de África na fragata de hélice Princesa de Astúrias. Pouco a pouco foi ascendendo como militar naval e para finais de 1880 foi designado comandante militar da marinha de Cartagena. No ano 1888, após presidir sua Comissão Construtora, e com José Ferrándiz y Niño como segundo em mando, foi o primeiro comandante do couraçado Pelayo.

Quando já tinha uma vasta experiencia em cargos militares navais quando, começa a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, no ano 1898, e por isso que logra burlar o bloqueio ao que estiveram submetidas as Antilhas espanholas por três poderosas formações navais norte-americanas, e nas águas de Santiago de Cuba, fez frente à frota do almirante William Thomas Sampsom, muito superior de número, sendo vencida a esquadra espanhola após um desigual e heroico combate.

Como resultado do cruento enfrentamento os buques da armada espanhola foram afundados y hoje descansam no fundo marinho de Santiago de Cuba. Há quatro anos, em outubro de 2010 suas interioridades ficaram abertas para todo aquele que quera conhecer o que entesouram suas entranhas.

Os visitantes, cubanos e estrangeiros, vestidos com equipas de mergulho, visitam nas profundidades do mar cubano, os cruzeiros couraçados Cristobal Colon, Almirante Oquendo e Vizcaya, bem como os destrutores Furor e Pluton, da armada espanhola que sob as ordens do almirante Pascual Cervera participaram na batalha contra duas frotas estadunidenses, em 3 de julho e 1898, segundo um relatório do telejornal local da data.

O sexto buque e o vapor norte-americano Merrimac, que o mando estadunidense afundou cargado de carvão para lhe fechar o passo à frota espanhola na boca da baia dessa localidade, no sudeste de Cuba.

“É algo que tem estado submergido por mais 110 anos e que muito poucas pessoas em Cuba e no exterior conhecemos”, disse o então presidente de Cubatur, Léster Oliva, quem assegurou que sua empresa tem tentado de fazer “algo excepcional e bonito”, abrindo esta rota submergida nas águas de Santiago de Cuba.

Na batalha, que o próprio Cervera considerou “um sacrifício tao estéril como inútil”, por tem recebido a ordem de entrar no desigual combate, perderam a vida 371 espanhóis, 151 foram feridos e 1.670 prisioneiros, entre eles o próprio Almirante, segundo historiadores. Pela parte estadunidense, só se registraram um morto e dois feridos.

Depois da guerra de Cuba, Cervera teve que suportar os rigores dum processo contra ele e sues oficiais superviventes, e só após o clamor popular e as vozes que alçaram-se em seu favor desde o exterior, atingiu o descumprimento da causa e a restituição do seu honor.

O almirante Cervera faleceu onze anos mais tarde, em 3 de abril de 1909 em Porto Real, após de ocupar vários cargos importantes e seus restos descansam hoje no Panteao de Marinhos Ilustres, em Cádis, Espanha.

Back to top