Trilha Inca poderia ser classificada patrimônio mundial da Unesco

Peru, Chile, Colômbia, Equador, Argentina e Bolívia pediram conjuntamente à Unesco que a Trilha Inca, que em tempos pré-hispânicos ligava diversas localidades andinas, seja tombado pela organização. O dossiê foi aceite em 1 de março passado e a análise pode durar até junho de 2014.
É a primeira vez que a Unesco recebe um pedido compartilhado e pelas características da solicitação e a quantidade de estados envolvidos, tem boas perspectivas.
O pedido está baseado na antiguidade das rotas, algumas delas de 2.000 anos, no alto grau de conservação, nas possibilidades de utilização social, no compromisso das comunidades próximas com a preservação e na cultura viva que se encontra ao longo das rotas.
No Peru se encontra 70% da malha de caminhos construída pelos incas, de 40 mil quilômetros, que passa por Machu Picchu, mas há trechos na Bolívia, Equador, Chile, Argentina e Colômbia.
No período pré-hispânico, a cada 7 km havia um posto fortificado para o controle dos viajantes e a cada 21 km uma hospedaria para o descanso, abastecimento de água e comida do Inca e seu séquito.
O caminho servia ainda para a deslocação do exército, para o comércio e como acesso a locais de interesse religioso ou de culto.
Para a elaboração do dossiê, os especialistas começaram o trabalho em 2006.