Uma Catedral em todo o seu esplendor para o Papa Francisco
Luzindo o máximo esplendor de seu imponente estrutura, a Santa Basílica Metropolitana Igreja Catedral de Santiago de Cuba, acolherá este 22 de setembro a sua Santidade o Papa Francisco, no meio de um meio marcado ao longo dos 500 anos da outrora vila santiaguera, por uma extraordinária história para esta cidade e toda a nação.
Tenha-se em conta que o Sumo Pontífice estará no lugar exato onde em 1522 nasceu a primeira catedral de Cuba, que depois de sua destruição cedeu o espaço a outra construção, e depois a uma terça, até chegar em 1922 a esta quarta versão, depois de ter vencido incêndios, furacões e terramotos com a mesma tenacidade inerente aos filhos desta terra.
Foi o ilustre arquiteto municipal” Carlos Segrera Fernández (Santiago de Cuba 1880-1922), quem consegue transformar a vetusta edificação de então, com a imagem eclética que a jerarquizaria entre as majestosas construções surgidas mediante o processo renovador do central Parque Céspedes, no primeiro quarto do século XX.
“O desenho dos interiores da Catedral também se deve a seu labor, ao colocar e decorar os falsos tetos com pinturas e ornamentos, onde se aprecia um forte trabalho de moldado, tanto com a técnica do gesso, como na de papier maché…
“A Catedral (…), viu substituída sua modesta aparência colonial por outra mais elaborada e refinada”. Assim resumem as mudanças em seu livro Carlos Segrera. Arquiteto, iniciador do progresso arquitetônico e urbanístico de Santiago de Cuba no século XX, as arquitectas Marta Lora Álvarez (Guantánamo 1953-Santiago de Cuba 2005) e Carmen Lemos Frómeta (Santiago de Cuba, 1973).
Desde então e até hoje, afetações causadas posteriormente por novos fenómenos naturais, acidentais e remodelagens planificadas, exigiram diversas ações, mas nenhuma teve a profundidade da iniciada com motivo do aniversário 500 da vila, e cuja culminação coincide com a anunciada visita do Sumo Pontífice da Igreja Católica.
RECUPERAÇÃO DO ESPLENDOR
“Só uma reconstrução capital da Catedral, podia enfrentar a situação construtiva apresentada com o passo do tempo em algumas sessões, e o colapso provocado pelo furacão Sandy em lugares como as torres e cupulinos”, afirma o engenheiro Fausto Veloz García, responsável por investimentos e construções do Bispado de Santiago de Cuba.
“Contamos com a valiosa assessoria de especialistas italianos, de Havana e a Universidade de Oriente —refere Fausto Veloz, mas resultou decisiva a maestria de nossos carpinteiros, mecânicos e pedreiros, sua destreza na conformação dos elementos de madeira e metálicos, bem como o domínio de materiais de última geração.
“Temos cúpula para um século mais. Exteriormente até o forro de cobre está concluído, e no interior nossos restauradores têm devolvido o esplendor a seu belo decorado que constitui a xícara de ouro da Catedral, junto ao precioso trabalho em madeira do coro canónico reservado ao séquito, por trás do altar de mármore de Carrara que ocupará o Papa”.
Em igual sentido foram restaurados os santos e seu vestuário, o decorado de paredes, telas, quadros e mantas. Conta-se com novos tapetes, um moderno equipamento de áudio, luzes decorativas e um sistema de sino governado por um computador, à qual acoplar-se-ão dois relógios de torres que conforme com os sinos marcarão a hora exata.
“As autoridades religiosas têm estado ao tanto da obra —enfatiza Veloz García—, e nelas reina o regozijo de mostrar este estado construtivo de excelência não só quando o Santo Pai se reúna no salão com umas mil pessoas, senão também quando se dirija desde o balcão à representação do povo de Santiago de Cuba.
