Conversando com Nicole Marrder, ministra de Turismo de Honduras

24 de Maio de 2021 2:22pm
Redação Caribbean News Digital Portugues
Entrevista a Nicole Marrder-Honduras

Entrevista exclusiva com Nicole Marrder, ministra de Turismo de Honduras, no marco de FITUR 2021

Por José Carlos de Santiago

Nicole Marrder é ministra de Turismo de Honduras desde 15 de agosto de 2019, seis meses dantes que a nação centroamericana fechasse suas fronteiras depois de se declarar a pandemia do novo coronavirus. Nunca imaginou que uma boa parte de suas funções como ministra de turismo, nesses momentos, seria ajudar aos turistas a sair de #o Honduras em lugar da chegar.

No marco da Feira Internacional de Turismo de Madri, Fitur 2021, Caribbean News Digital conversou em exclusiva com a senhora Marrder.

CND: De onde prove/provem sua formação dentro do setor turístico?

NM: Minha formação em turismo é como hoteleira. Pertenço a uma família na que nos convertemos em hoteleiros faz 22 anos, hotéis de cidade e de negócios focados em viajantes de curta e longa estadías. Temos tido que aprender como têm ido mudando as necessidades dos viajantes de negócios. Temos aprendido a incorporar a tecnologia a nosso negócio de serviços, bem como na gastronomia que oferecemos nos hotéis.

CND: Como ministra, que pode contribuir você ao turismo de seu país toda vez que prove/provem do setor privado? E ao mesmo tempo, que pode contribuir, desde sua posição atual, ao setor privado?

NM: Considero que, em #o Honduras, nestes momentos, o turismo está dando ainda seus primeiros passos, e isso significa um ordenamento da casa internamente. A estrutura organizativa da indústria precisa um pouco mais de formação. A experiência tenho tido, tanto pessoal como representando aos diferentes grêmios hoteleiros a nível centroamericano, interregional e interamericano, bem como sendo diretiva da Câmera Nacional de Turismo, me permitiram adquirir essa visão mais global.

Tendo essa experiência a nível internacional, tenho podido constatar que é o que faz falta em

Nicole MarrderHonduras

Honduras para que a comercialização funcione de uma forma mais efetiva. Essa união entre os hotéis, os turoperadores, os hotéis, as aerolíneas e a comercialização através de agências, essa organização não tem estado bem definida e ainda estamos trabalhando em conseguir que essa rede seja mais sólida. Esse é um dos fatores importantes, como também o é a comercialização virtual ou digital que o país também precisa desenvolver.

 

CND: A conectividade aérea é um princípio fundamental para poder ter turismo. Com Europa, têm uma relativa conectividade aérea. No caso concreto de Espanha, depois do anúncio de compra-a de Air Europa por parte de Iberia, que situação concreta têm nesse sentido? Vão ter mais vôos após esta fusão?

NM: Isso está por ver e esperamos que não se prejudique, sina que se fortaleça. Em Honduras temos uma característica que nos distingue do resto dos países centroamericanos, e é que temos quatro aeroportos internacionais em um território bastante pequeno. No entanto, às aerolíneas isto lhes resultou interessante porque a cada um desses aeroportos tem um movimento diferente, e um mercado e um atrativo diferente.

No caso do aeroporto de Tegucigalpa, a capital de Honduras, tem tido dificuldades para melhorar sua conectividade por tratar de um aeroporto bastante central localizado no meio da cidade e rodeado de muitas montanhas. Isso faz que a aproximação seja complexa e que os aviões de grande porte não possam operar nesse terminal.

Agora estamos sacando o aeroporto da capital. Neste ano conclui-se a construção e se inaugurará o Aeroporto Internacional de Palmerola, que substituirá ao Toncontín. Palmerola será um aeroporto bem mais grande, sem complexidades para a aproximação das aeronaves, o que redundará na chegada e saída de aviões de grande porte.

No caso de Roatán e A Ceiba, que são dois destinos turísticos, estamos fazendo investimentos importantes para modificar o Aeroporto Internacional A Ceiba. Isso nos permitirá mover esses destinos e atrair mais turistas para eles.

Ainda que não é o objetivo fundamental da presença de #o Honduras em FITUR, sim temos vindo para ter uma aproximação, tanto com Iberia como com Air Europa para incrementar a conectividade. Isso mesmo o estamos fazendo com outras linhas aéreas.

CND: Honduras é um país de uma rica cultura maya. No entanto, sua gastronomia, que é igualmente rica, não tem conseguido pôr a Honduras no mapa gastronômico regional. Crê você que pudessem trabalhar nesse sentido para que Honduras seja reconhecida também por sua cultura gastronômica?

NM: Definitivamente a gastronomia complementa e enriquece qualquer experiência turística. Estamos fazendo uma aliança com Guatemala e México para fortalecer o componente cultural dentro da oferta turística, e nesse sentido, estamos também incluindo à gastronomia.

Um dos temas que estamos trabalhando nestes momentos é em torno do café. O café é parte de nossa cultura, é parte dos sabores que nos representam a nível internacional, ao igual que o cacau. Tanto o café como o cacau hondureños são dois produtos de exportação que nos posicionam a nível mundial de uma maneira muito especial. Há tantas coisas por trás dessa caneca de café que nos tomamos em algum momento, e por isso estamos tratando de criar uma experiência importante com o café, com os baristas e os catadores de café. Hoje em dia, ao turista que chega a Honduras gosta da visita que realiza às fincas de café.

Acho que #o Honduras é um país com pequenas regiões gastronômicas que não se deram a conhecer ainda, mas que é parte do trabalho que estamos realizando para dar a conhecer melhor a Honduras e entregar uma melhor oferta turística aos visitantes.

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