Juan Pablo Nieto: A oportunidade de nos acercar todos

27 de Maio de 2022 7:42am
claudia
Juan pablo Nieto-ASICOTUR

No marco do I Congresso de Cooperação Turística de ASICOTUR, que se celebrou durante os dias 25 e 26 de maio, Caribbean News Digital teve a oportunidade de dialogar com Juan Pablo Nieto, Magister em Estudos Estratégicos e Ex Vice-ministro de Turismo de Guatemala, quem foi um dos participantes na Mesa Redonda "Adaptação do Turismo Regional à nova realidade: casos de sucesso de cooperação fronteiriça”

Que está significado para você este Congresso?

Acho que uma oportunidade de acercar-nos todos, de conhecer as experiências a nível mundial. Todos temos algo que contribuir no conhecimento, sempre há boas práticas identificáveis e por suposto estreitar esta comunicação entre todos. Ademais permite-nos continuar trabalhando e estreitar estas oportunidades.

Agora desde o sector privado, você tem uma visão diferente a quando prestava serviço no sector público, não é? Quanto difere?

Acho que temos tido a possibilidade de ver desde uma perspectiva mais ampla, há muitos reptos ainda pendentes. Um quando está no sector público tenta fazer o mais que se pode e aquém acho que podemos ver que há muitas oportunidades ainda por fazer, que ficaram pendentes, e que agora oxalá que se possam seguir impulsionando.

Em Guatemala temos um Plano Mestre de Desenvolvimento Turístico que vence em 2025 e ainda há coisas que fazer. Aí acho que estão as oportunidades de seguir gerindo com os governos locais, com as comunidades, com o sector privado para que isso pois siga avançando.

Numa conversa anterior com Lucy Valenti, ela expressava que Centroamérica está acostumada ao trabalho cooperativo tanto desde a parte pública como da privada. Que achas que lhe falta à região para esse impulso internacional e a Guatemala em particular?

Acho que seguir trabalhando em mudar a percepção que existe em Centroamérica em termos de segurança. A insegurança em nossos países tem diminuído grandemente. Desde Guatemala podemos dizer e mostrar as estatísticas que realmente já não é um problema para o sistema internacional o tema da insegurança. É importante seguir trabalhando no tema da imagem Também temos um repto que que é o tema da facilitação migratoria, que obviamente vocês têm ganhado desde faz muitos anos já. No dia que consigamos ter uma facilitação migratoria em nossas fronteiras vamos poder conseguir uma atração bem mais grande do mercado de longa distância e também do interregional.

O índice de competitividade mostra que o nível de nossos preços se corresponde ao valor dos serviços, também temos o património natural e cultural que compartilhamos com alguns dos países de herança maya e os empresários estão aí também ávidos e com conhecimentos e agora resilientes de modo que com melhores serviços adaptados.

Acho que em termos de destino temo-lo tudo, o que temos é que trabalhar em #dois elementos: a percepção da imagem que temos de insegurança e o tema da facilitação migratoria.

 

Com a pandemia tem mudado o mundo, não só a nível pessoal senão também a nível sectorial. Mudaram-se os modelos de promoção, de criação de programas como se está a adaptar Guatemala a isso?

Tem sido um repto. Em tempos da pandemia, Guatemala suspendeu a promoção, agora já se está a recuperar este trabalho de participação nas feiras, há publicidade colocada. O empresário deu-se conta que tem que ir procurar a esse nicho específico que lhe pode gerar valor e com o qual se pode comunicar de uma maneira mas eficiente através dos meios que temos agora.

O mas importante é que tanto o sector público e o privado trabalhem de maneira colaborativa porque o sector público tem o dinheiro para investir nos meios em massa e fazer campanhas grandes. É importante que o empresário se some a essa estratégia, incidindo sobretudo no momento que toma decisão o turista. Já o empresário entendeu a importância de estar nas redes sociais mas também está a entender que os likes não são o mas importante sina que tem que gerar uma base de potenciais clientes com os quais possam estabelecer essa relação próxima que ao final é a que vai especificar os negócios.

Outro tema que estamos a enfrentar é a reconstrução do tecido das redes da corrente valor. Há empresários que saíram do sector turístico, comunidades que estavam a trabalhar com turismo e que não estão muito entusiasmadas de voltar a se incorporar. Há que voltar a construir essas redes, fortalecer a formação e a capacitação nestas novas tendências e gustos dos turistas que já estavam mas que agora se fortaleceram. O sector está a se reconstruir, primeiro na reordenação de sua corrente de valor e identificando esses nichos que lhe geram uma maior rentabilidade e onde pode ser mais efetivo na promoção.

Guatemala está a se focar bastante no tema do turismo comunitário e o turismo sustentável.

Em Guatemala mais de 80% dos empresários são micro empresários e a atractividad que temos é que muito no turismo é gerido por comunidades. Estas comunidades foram-se especializando em turismo mas também há outras que continuam com o turismo como uma actividade adicional a sua activem económica principal. Definitivamente se não tivesse rentabilidade não fá-lo-iam. Requer-se de um esforço, de investimento. O modelo sustentável deve integrar a rentabilidade e o manejo da parte cultural e ambiental.

Qual é o seu cargo na actualidade?

Sou consultor. Tenho uma empresa de consultoria em temas de marketing, políticas públicas e investigação de mercado em turismo. Estou a trabalhar com a política regional de turismo de Centroamérica.

Nessa política regional entra a República Dominicana, que ademais vai assumir agora a presidência pró tempore. Que expectativas há nesta nova oportunidade?

República Dominicana, que está integrada plenamente em todas as organizações de turismo regional é uma grande oportunidade. Têm muitos anos de experiência, muito clara a importância do turismo em sua economia, a participação do sector privado. De modo que integrar isto que nós não temos tão desenvolvidos como eles, que é o turismo de sol e praia, com o que nós temos que é mas cultural, de natureza, termina de complementar os produtos que o visitante internacional está a procurar. Que República Dominicana vá tomar a presidência pró tempore lhe vai dar um impulso à política.

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