“A aliança do Caribe é importante para enfrentar crescimento de emissão turística”, disse Sandra Tarafa, Gerente Geral de Solways Rússia

16 de Abril de 2015 11:42pm
claudia
“A aliança do Caribe é importante para enfrentar crescimento de emissão turística”, disse Sandra Tarafa, Gerente Geral de Solways  Rússia

Que destinos vendem suas representações?

- Vendemos nossos próprios destinos latino-americanos e centro-americanos. Os Solways de América Latina têm começado a incursionar em Europa Ocidental, ainda que não excluímos a introdução da Rússia em próximas edições de verão.

Você é uma grande conhecedora do mercado ruso, que opina sobre a situação deste mercado de aqui aos próximos três anos?

- O mercado russo neste momento está verdadeiramente atrapado no que é o começo de uma crise. Nós consideramos que a restruturação de como funciona a turoperação na Rússia vai ser um elemento decisivo para o desenvolvimento dentro dos próximos três anos. Terá tour-operadores que dedicar-se-ão ao turismo interno nacional, mas, basicamente, ficaremos muitos tour-operadores internacionais que apostamos pelas viagens de média e longa distância.

Achamos que em três anos, partindo da reordenação financeira-económica e a solução aos conflitos geo-políticos dos que hoje é parte e objeto a República Russa, devem estar solucionados os problemas. É um grande país e tem a força, a riqueza e a intenção de sair rápido do estado de crise.

Que lhe parece a visão do governo da Rússia de que o turismo deve ser interno e não para o exterior, para que as divisas fiquem no país?          

- Verdadeiramente eu acho que a cada país, não só a Rússia, trata de incentivar algo como o que dizemos em Cuba: “Conheça Cuba primeiro e o estrangeiro depois”. Eu acho que o estilo de vida do russo contemporâneo, do russo moderno, tem bem mais que ver com a necessidade de conhecer, de se abrir, trocar experiências, cores, sabores. Por isso sempre vai existir a preferência do russo pelo turismo para o exterior, o turismo internacional.

Acha que para o Caribe e América Latina volta Rússia a uma situação de há 10 anos aproximadamente, quanto às bases de emissão?      

- Sinceramente acho que o Caribe e América Latina vão sofrer no 2015 e 2016. Há uma contracção muito importante de chárter sobretudo para o área do Caribe; enquanto América Latina começou seu desenho de operações a partir de voos comerciais. Há uma cultura de voar a América Latina só através de voos comerciais, excetuando Brasil nas Olimpiadas.

O Caribe vai sofrer como nos inícios durante o 2015 e 2016. Voltaremos aos voos comerciais, aos chárter de temporada, mas vai recuperar-se. Nós temos a visão de que a recuperação do Caribe deve começar desta vez por Cuba. Achamos que Cuba pode ser um país centralizador de operações e um facilitador para que se nutra República Dominicana, que também tem tido uma contracção importante em voos chárter para a temporada, e dessa possibilidade que há por cercania aproveitar-se-ia Cancun.

Esperamos que podámos os três países fazer o que sempre se quis conseguir com a Rússia: ter a Cuba, República Dominicana e México como o multi-destino de preferência para o cliente russo.

Isto pode ser o mesmo que suceda com o mercado norte-americano quando Cuba não possa assumir o volume de estadunidenses que queiram visitar a ilha e se converta num multidestino?

- Eu acho que a aliança do Caribe é muito importante para enfrentar qualquer crescimento abrupto e não planificado de emissão turística. Penso que a planta hoteleira cubana vai crescer. Estou muito confiada nos planos de investimento de hotelaria em Havana, Varadero e os ilhotes, basicamente, porque há onde explodir, há terreno onde construir, há magnificas praias que estou segura de que quando estejam em exploração vão estar no top ten do mundo.

Penso que se fizéssemos uma comunidade do Caribe para o turismo entre Cuba, República Dominicana, México e algo do Caribe anglófono, poderíamos enfrentar qualquer repto de emissão de Estados Unidos e qualquer grande emissor do área.

Que deveriam fazer os países do Caribe, que tinham sido líderes na cabeça do turismo russo para Caribe e América, para potenciar o turismo, ganhar em qualidade e não perder tantas divisas?

-  Acho que é importante a re-selecção e redesenho do produto que existe. Também é muito importante uma revisão dos preços, materializar a relação qualidade-aprecio da oferta no Caribe para poder estandarizar todos os países pelas categorias hoteleiras que temos, sobretudo os de fala hispana no Caribe, e poder materializar uma correlação apropriada entre o preço do produto e o serviço que se oferece com muito boa qualidade e em lugares de altos standardes, muito elitistas em outros.

Opino que se nos concentramos mais em ter todos um preço linear justo, competitivo, mais que em nos estar a preocupar pela competitividade de nos tirar quota de mercado, vamos ao final a ter maiores e melhores rendimentos e qualidade de chegada de turistas à zona do Caribe.

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