Alevtina Filosofova, diretora de Vendas da Capital Tours, operadora que abriu os destinos do Caribe ao mercado russo

10 de Outubro de 2010 3:58pm
Alevtina Filosofova, diretora de Vendas da Capital Tours, operadora que abriu os destinos do Caribe ao mercado russo

Uma das maiores operadoras russas, a  Capital Tours, foi pioneira na abertura dos destinos do Caribe ao mercado russo. Dos 100 destinos no seu catálogo, na América Latina opera na República Dominicana, Cuba, México, Costa Rica, Brasil, Peru, Argentina e Panamá.

Quantos países de longo curso tem a Capital Tours no seu catálogo?

Trabalhamos com 100 países e 40 deles representam grandes operações de charter com aviões próprios.

Há quanto tempo operam nos destinos da América Latina e Caribe?

Desde 2003. A  Capital Tours foi uma das três operadoras que começou um programa para a República Dominicana, com cem assentos semanais no inverno de 2003-2004.

Hoje, na República Dominicana, o destino mais popular é Punta Cana, ainda que trabalhemos com hotéis em Santo Domingo também.

Quais as cidades russas com maior fluxo turístico para a República Dominicana?

Aproximadamente 50% dos viajantes são de Moscou e os restantes de São Petersburgo, Ekaterimburgo, Samara… O voo direto sai de Moscou e às vezes de São Petersburgo, mas não regularmente. Temos pacotes em voos charters para a República Dominicana. No ano passado voamos com a Transaero e a partir desse ano com a Aeroflot. Temos ainda blocos na Aeroflot para Cuba, com grupos para Varadero e Havana. Também oferecemos viagens para o México, Costa Rica, Chile, Peru, Argentina e, a partir desse ano, Panamá.

Quais os destinos preferidos pelo turista russo no Caribe?

O turista russo prefere os destinos de praia, que pode combinar com dois ou três dias na cidade, como no caso de Havana e Varadero. No México gostam dos roteiros com várias cidades.

Qual a tendência de compra entre a República Dominicana, Cuba e México?

Em primeiro lugar a República Dominicana, que terá cerca de 2.000 assentos semanais em voos charter de diferentes companhias. Em 2003 havia três operadores trabalhando o destino, mas hoje são dez ou quinze. A República Dominicana tem muito boa a relação qualidade-preço. Já Cuba atrai muito pelos aspectos históricos e culturais, que o turista pode combinar muito bem com o sol e praia.

Panamá?

Nos meses de maio e junho organizamos um famtrip dos nossos agentes de viagem com visitas à Cidade do Panamá, às praias e às ilhas daquele país e ficaram impressionados. Recentemente enviamos um press tour e em outubro vamos enviar os nossos top 50 agentes para que conheçam o destino e fazer ali a 10a reunião de diretores da Capital Tours.

Quais suas impressões dos destinos do Cone Sul?

O mais popular é o Brasil e ali o mais procurado é o Carnaval. A maior parte dos pacotes são para o Rio.

Equador?

É um destino interessante, mas só agora é que começou seu desenvolvimento. Tem muito potencial, mas por enquanto é para clientes que já visitaram vários países e querem conhecer algo especial.

América Central?

A Costa Rica é muito popular. É o nosso quarto destino depois da República Dominicana, Cuba e México. Muitos turistas combinam a Costa Rica com Cuba, por exemplo.

Acha que a Nicarágua pode ser um destino interessante para o turismo russo?

Todos os países podem ser interessantes, mas a Nicarágua não é ainda um destino popular. A República Dominicana vai ter 2.000 assentos nesse ano, mas passaram sete anos para isso.

E o Caribe de língua inglesa?

Operamos com Barbados e as Bahamas, um destino muito popular mas com valores superiores ao do Caribe de língua espanhola.

Acha que a abertura e o crescimento dos destinos da América Latina e Caribe  possa afetar a Espanha?

Não. A Espanha é um destino muito popular para os turistas russos; um destino muito próximo com bom clima e praias, cultura e muitas outras coisas. Em alguns momentos do ano é o segundo o terceiro destino ao que mais viajam os russos, depois da Turquia e às vezes depois da Grécia.

Back to top