Allen Chastanet, ministro do Turismo e Aviação de Santa Lúcia

01 de Fevereiro de 2008 1:45am
godking

Santa Lúcia, ilha vulcânica situada no leste do mar do Caribe, no arquipélago das Pequenas Antilhas, encontra-se num período de transição no qual enriquece e moderniza sua infra-estrutura turística. Ofertas de luxo, planos de construção de 15.000 apartamentos para os próximos dez anos e a conquista de novos mercados emissores da Europa fazem parte de seu programa.

Depois de anos no setor privado, o senhor está agora na função pública como ministro do Turismo. Qual o significado dessa nomeação?

É uma grande honra, principalmente por estar envolvido nesta etapa de transição. Estamos construindo campos de golfe concebidos por conceituados designers como Jack Nicklaus, Arnold Palmer e Greg Norman. As redes Ritz e Westin já estão na ilha e o governo lançou um programa de construção de pequenos hotéis em nove comunidades pesqueiras.

Além disso, estamos legalizando o jogo e construindo uma rede de lojas de quase um milhão de pés quadrados. O turismo está crescendo muito e estamos otimistas.

Quais os mercados emissores para a ilha?

A América do Norte com 40% dos turistas, e Reino Unido e Europa com mais 40%. Os restantes 20% provêm das demais ilhas do Caribe. Agora temos conexões diretas com os Estados Unidos e em breve com o Reino Unido. No inverno vamos ter um charter de Milão e estamos olhando para a Irlanda e França como próximos mercados emissores.

Queremos atrair ainda o turismo de língua espanhola, como o mexicano e, nesse sentido, a Espanha ocupa um lugar privilegiado.

Quanto ao turismo russo, a Sandals é uma das redes que está trabalhando mais esse mercado que está em expansão.

Sua atual posição como ministro faz variar os enfoques que tinha no setor privado?

Minha equipe de trabalho está acolhendo muitas iniciativas do setor privado e acho que minha chegada faz com que eu possa ajudar nesse sentido. Agora medimos os resultados do setor turístico de maneira diferente. Os hoteleiros são nossos parceiros nesse trabalho comum e o nosso objetivo é que o turismo tenha os resultados que eles esperam. Penso que essa perspectiva está dinamizando o setor.

Quantos apartamentos há em Santa Lúcia atualmente?

Aproximadamente 4.200 em exploração, 2.200 em construção e pretendemos ter 15.000 nos próximos dez anos.

Quantos turistas visitam a ilha por ano?

Recebemos 300 mil que pernoitam na ilha e cerca de 700 mil passageiros de cruzeiros, número que queremos duplicar nos próximos dois anos.

O que é que pensa da entrada dos hoteleiros espanhóis nas ilhas que não são de língua espanhola?

Na Jamaica e Aruba, por exemplo, tem sido muito positiva para os destinos. Nós não estamos procurando um turismo de massa. Eu diria que privilegiamos o turismo de luxo. As redes espanholas têm um excelente trabalho em algumas ilhas do Caribe, mas os nossos interesses não vão nessa direção.

Têm escritórios próprios na Europa?

Acabamos de abrir escritórios na França e Alemanha, e abriremos outros à medida que aumentem nossas capacidades hoteleiras.

Qual é o diferencial de Santa Lúcia em comparação com outros destinos do Caribe?

Santa Lúcia é uma mistura das outras ilhas. Temos montanhas, praias, campos de golfe, hotéis de diversas dimensões e o povo de Santa Lúcia. Nas enquetes temos muito boas qualificações. Mas há algo muito importante em Santa Lúcia e é que mudou 14 vezes de dono, ficando em sete ocasiões sob o poder britânico e outras sete sob o poder francês. Há espaços coloniais, boa música, e a ilha não é nem tão pequena nem grande demais. Há espaço para tudo.

Uma pergunta indispensável é sobre as relações com a Sandals...

A Sandals tem feito um grande trabalho em Santa Lúcia. A ilha é um dos principais destinos de lua de mel nos últimos 15 anos e uma boa parte desse sucesso deve-se ao trabalho da Sandals que vai continuar seu processo de expansão na ilha através de obras de renovação dos estabelecimentos, abrindo restaurantes, explorando novas praias. Trata-se de um trabalho realmente impressionante. Eles têm contribuído muito para o conhecimento de Santa Lúcia no mundo e estamos muito satisfeitos com seus produtos.

O senhor viajou a Palma de Mallorca para a reunião entre os hoteleiros espanhóis e a Associação de Hoteleiros do Caribe (CHA)?

Infelizmente não fui por causa do falecimento do nosso primeiro-ministro, mas sei que foi um encontro muito importante e que agora há uma maior compreensão entres nós e as redes hoteleiras espanholas acerca do que devemos fazer para o crescimento do Caribe.

O senhor esteve muito envolvido com o trabalho da CHA e da Organização de Turismo do Caribe (CTO) nos últimos dez anos. O que é que acha da nova companhia criada entre as duas organizações para impulsionar o turismo na região?

A Companhia para o Desenvolvimento do Turismo no Caribe (CTDC) permite que tanto a CHA quanto a CTO trabalhem num programa específico. A CTDC foi criada para a comercialização do Caribe, uma responsabilidade dos setores público e privado. É uma entidade com o apoio de todo o mundo e com um grande futuro.

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