Alta dos alimentos e do petróleo podem aumentar riscos econômicos na América do Sul

27 de Fevereiro de 2011 9:11pm

Os principais bancos centrais da América do Sul concordaram na sexta-feira que sua tarefa se tornou mais complexa diante das maiores pressões inflacionárias pela alta dos alimentos e do petróleo. Além disso, as entidades indicaram que os riscos de uma desaceleração mundial aumentaram devido à tensão no Oriente Médio e norte da África.

"O trabalho dos bancos centrais se torna mais complexo por uma série de fatores conjunturais. Em primeiro lugar, a alta dos preços dos alimentos e do petróleo gera pressões inflacionárias", afirmaram em comunicado assinado pelos bancos centrais do Mercosul, da Venezuela, do Chile e do Peru.

Os altos preços globais das commodities, junto à forte demanda interna, levaram os bancos centrais de Peru, Chile e Brasil a apertar a política monetária neste ano e elevar suas taxas básicas de juro.

O Banco Central da Colômbia aumentou mais cedo na sexta-feira sua taxa básica de juro a 3,25 por cento, e se espera que o Brasil aumente a Selic a 11,25 por cento na próxima semana.

O objetivo é neutralizar as expectativas de pressões inflacionárias diante do aumento dos preços internacionais dos alimentos e do petróleo, em meio à incerteza global pela crise política em parte do mundo árabe, mas um juro maior atrairia mais capitais a uma região que está no radar dos investidores por suas altas taxas de crescimento, incentivando a valorização mais acentuada das moedas locais que elimina a competitividade das exportações.
Fonte: Reuters

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