Alta temporada de cruzeiros no Caribe, mas não em Cuba

01 de Fevereiro de 2008 1:49am
godking

Cuba começou o ano com poucas expectativas no turismo de cruzeiros depois de uma queda significativa em 2007, ano em que apenas 11.000 passageiros chegaram à ilha, contra 100.000 em 2005. A espanhola Pullmantur operou como principal companhia em Cuba até outubro de 2006, data em que foi adquirida pela Royal Caribbean Cruise, que decidiu aplicar as leis do embargo: os navios americanos não podem aportar na ilha.

O ano de 2005 foi o de maior movimentação nos portos cubanos de cruzeiro, com 122 escalas em Havana, Santiago de Cuba e Ilha da Juventude, as quais totalizaram 102.440 passageiros que deixaram receitas no valor de mais de US$ 15 milhões.

Já em 2006 o número de chegadas foi de 90.000 turistas, sendo 2007 o pior ano com 11.000 visitantes e 23 escalas.

José Antonio López, diretor geral da Aries S.A., empresa que administra o porto de Havana, disse à imprensa que a Pullmantur deixou um grande vazio e "que em 2008 só se esperam 10 escalas de janeiro a abril".

De acordo com o executivo, as principais armadoras que operam em Cuba atualmente são inglesas e alemãs, mas "com escalas eventuais e não incluem os portos cubanos como portos mãe".

López acrescentou que muitas companhias gostariam de viajar a Cuba, mas não desafiam o embargo dos EUA.

"A nossa infra-estrutura é de primeira qualidade e dá para receber um milhão de cruzeiristas por ano", disse o diretor da Áries, ressaltando "que é superior à de outros países". Essa opinião é apoiada pelo secretário-geral do Comitê Legal da Organização Marítima Internacional (OMI), Efthimios Mitropoulos, que visitou a ilha para tratar de temas ligados à segurança marítima e à navegação, e afirmou à imprensa que "o terminal de Havana é bom e tem facilidades de operação".

Back to top