Aumento do turismo russo para países das Américas e Caribe pode ser favorável para a região toda
As autoridades turísticas cubanas esperam um crescimento de visitantes russos em 2011 superior ao de 2010. Até 12 de outubro, os destinos cubanos receberam 54.119 viajantes da Rússia, o que significa um crescimento de 43,45% em relação à mesma etapa de 2010 (37.727) e de 101,05% se comparado com 2009 (26.918), de acordo com informações da sra. Escobar em entrevista exclusiva para a Caribbean News Digital.
Cuba registrou um forte crescimento do turismo proveniente da Rússia, principalmente no último ano. Como estão trabalhando para 2012?
-Na verdade, o crescimento foi bastante elevado. Encerramos o ano de 2009 com 37 mil turistas russos aproximadamente. Em 2010, com 56.234, superamos a cifra histórica maior, que foi de 40.163 em 2008. Agora, nos primeiros dez meses de 2011, já recebemos 54.119, de modo que esperamos encerrar o ano com uma situação muito melhor, e para isso estamos trabalhando com muita força.
Atualmente a maior parte desse turismo vai para Havana e Varadero, mas a gente quer abrir o destino Cayo Coco a partir de um voo direto. Não é a mesma coisa chegar em Havana depois de 13 horas de voo e continuar de avião para Cayo Coco no dia seguinte.
Qual a estrategia de promoção de Cuba na Rússia?
-Estamos trabalhando numa campanha para o mercado russo com ações na Internet, na televisão e em outdoors, além de trabalharmos em uma campanha mais seletiva voltada para as grandes empresas.
Os voos são fundamentais. Há acordos com operadoras e companhias aéreas para mais voos?
-Ainda estamos em negociações e esperamos aumentar a capacidade aérea a partir de novembro, mas não temos a certeza de conseguir toda a capacidade que pretendemos ter.
Outros mercados da região com bastante crescimento do turismo russo falam de índices de 17 a 27% em hotéis e destinos. Qual a situação de Cuba?
-Não tenho o número exato, mas conheço muitos turistas russos que viajam muito a Cuba. Alguns a cada três meses, em geral aos mesmos hotéis e destinos. Conheço um que vai sempre a Havana e ao dia seguinte a Cayo Largo. Ainda que tenha tentado convencê-lo para que conheça outras coisas, ele não quer porque considera Cayo Largo insuperável.
Acha que a maior emissão paro outros destinos da América Latina e Caribe como o México e a República Dominicana, e a abertura do Panamá, Jamaica, Bahamas, Barbados e outros países pode prejudicar ou beneficiar a região?
-Acho que isso pode ser bom para todos. O russo viaja para esses destinos por períodos de 10 a 12 dias e quando combina vários pode acontecer que não conheça bem cada um, mas afinal acho que é positivo. Pode até fazer um multi-destino na primeira ocasião e depois escolher aquele de que mais gostou, de modo que acho que vai ser favorável para a região toda.