Blau Hotels & Resorts aposta fortemente em Cuba

11 de Maio de 2007 8:38am
godking

A Blau Hotels & Resorts, com presença marcante no Caribe, nomeadamente em Cuba e na República Dominicana, confirma o crescimento da empresa nesses destinos. Acerca desse tema e da convenção anual da Blau, realizada em Havana, a Caribbean News Digital conversou com Juan M. Quetglas, diretor comercial da rede hoteleira.

O que é que nos pode dizer do posicionamento da Blau em Cuba?

A Blau aposta fortemente em Cuba, um grande país com muitas possibilidades de desenvolvimento. Depois da recente abertura do Blau Varadero e a partir do nosso posicionamento ali, estamos procurando outras possibilidades de negócios. Temos grandes complexos hoteleiros muito bem situados, e isso faz com que o crescimento não seja tão rápido quanto desejado.

E o crescimento previsto?

Nós queremos crescer nos hotéis 4 y 5-estrelas porque os 3-estrelas não têm demanda no Caribe.

Alguma zona especial em Cuba?

Gostamos do país em geral, mas para os temas de negócios há dois pólos: Havana e Varadero.

Depois de Cuba, na República Dominicana há um grande crescimento dos grupos espanhóis. Qual a situação da Blau nesse sentido?

Nós estamos em desenvolvimento na República Dominicana. Temos um terreno igual ao utilizado para a construção do Natura Park no qual projetamos a construção de um complexo com 250 ou 300 suítes, ainda que pudéssemos construir até mil apartamentos, mas queremos aumentar o padrão de qualidade e satisfazer a demanda dos clientes atuais. É um espaço ao lado do Natura Park, em Punta Cana.

Têm projetos na Riviera Maya ou em Cancun?

Estamos pensando nas ilhas da Baixa Califórnia, onde os preços são mais altos do que na Riviera Maya.

Quais são os clientes da Blau em Cuba?

Nos hotéis Blau em Cuba 60% dos clientes são canadenses, mas também recebemos muitos turistas do mercado alemão e italiano.

Há alguma operadora alemã com incidência na Blau?

Somos uma empresa maiorquina, com grande incidência do mercado alemão, e isso ajuda ao posicionamento do mercado alemão nos hotéis do Caribe, mas não há operadoras com ações na Blau.

A respeito do mercado alemão, o processo atual de fusões de operadoras e a entrada da First Choice, por exemplo, poderiam significar um crescimento do turismo inglês?

Talvez. Por um lado há menos interlocutores para negociar, mas por outro isso é um estímulo para a satisfação das necessidades dessas grandes operadoras atuais. Para nós, o Grupo Tomás Cook é mais forte do que a Redes, ainda que tenhamos bons acordos com eles, mas a Tomas Cook predomina no Caribe.

A Blau realizou uma convenção em Havana recentemente. Quais foram os objetivos e os participantes?

Esses encontros contribuem para que o pessoal dos nossos hotéis na região conheça as novas projeções e o que esperamos deles. O evento em Cuba foi internacional e vieram os diretivos dos hotéis da região e os responsáveis corporativos com incidência no Caribe.

Quais os planos para a Feira Internacional de Turismo de Cuba?

É uma ótima ocasião para o encontro com clientes e operadores, do continente e de Cuba. O potencial turístico cubano é muito grande. Estamos aqui para trabalhar, para aprender e para ajudar. Por exemplo, na relação preço-qualidade, que nem sempre apresenta uma correspondência adequada.

O que pode dizer da Apple Vacation, da DATE e da Bolsa de Turismo da República Dominicana?

A Appel é um grande cliente. Somos seus parceiros na República Dominicana. Na DATE participamos com um estande. Foi um bom encontro. Acho que a FITCuba vai ser igual. A Bolsa de Turismo da República Dominicana é um evento mais local, mas também vamos participar.

Qual o papel do turismo dominicano para suprir a falta do turismo canadense?

O turismo dominicano é muito apreciado nos hotéis daquele país e a Blau fomenta esse mercado doméstico.

O que é que significa o turismo norte-americano para Palma de Maiorca e para a República Dominicana?

O turismo norte-americano em Palma de Maiorca é pouco, apesar de termos um grande "embaixador" americano por lá que é Michael Douglas, mas na República Dominicana tem um grande peso. Recebemos mais de 30% de turismo norte-americano, principalmente de Boston, Nova York, Filadélfia e Miami.

Há outros mercados importantes na Espanha e no Caribe?

Na Espanha, o mercado predominante da Blau é o alemão, seguido do espanhol, italiano e inglês. No Caribe, na República Dominicana, o canadense, o espanhol e o alemão. Em Cuba, principalmente em Varadero, predomina o mercado canadense.

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