Carlos Fonseca, gerente geral da Costa Rica Natural Travel e vice-presidente da Organização Centro-americana de Operadores

06 de Novembro de 2007 2:12am
godking

A Organização Centro-americana de Operadores, especializada nos segmentos de turismo histórico, cultural e ecoturismo, reúne um amplo grupo de empresas dos países desta região para o fomento do turismo limpo e das boas práticas turísticas de profissionais e turistas.

Poderia explicar aos nossos leitores os objetivos e origem da Organização?

A CTO é um projeto que nasceu neste ano em El Salvador, no âmbito do Primeiro Fórum de Operadores de Turismo da América Central para facilitar o contato entre os buyers europeus e de outros continentes com as empresas centro-americanas.

Antes da criação da organização, os buyers e os turistas individuais deviam contatar as empresas de cada país caso quisessem realizar uma viagem para vários destinos. Agora é suficiente um contato, um e-mail, um único pagamento. A CTO garante a qualidade do serviço. Todas as empresas têm licença de operação em seu país, conhecemo-nos há bastante tempo e trabalhamos os nossos países com a maior qualidade possível.

Temos diferenças próprias entre as empresas de acordo com os segmentos que trabalhamos. Por exemplo, os amigos da Honduras e Guatemala trabalham principalmente o segmento cultural, enquanto na Costa Rica, a maior parte das operações está ligada à natureza e às aventuras. A minha empresa está voltada para o turismo rural e o ecoturismo com alojamento em casas de famílias onde os turistas compartilham o espaço e a vida delas. É uma experiência cultural fascinante para eles.

A sigla CTO é também a da Organização de Turismo do Caribe, reconhecida internacionalmente...

Não sabia disso. Registramos a sigla e espero que não haja problemas, mas não deixa de ser curioso.

Quantos funcionários têm?

A CTO é constituída por pequenas empresas, que têm de 10 a 20 funcionários cada uma.

Quantos turistas movimentam entre todos?

Não tenho o dado exato agora. Aqui na Costa Rica movimentamos cerca de 1.200 por ano. A média da minha empresa é de 100 por mês. Não é um turismo de massa.

O senhor dirige também a Associação de Operadores de Ecoturismo e Natureza da Costa Rica. Qual a incidência dessa organização e de sua própria empresa no mercado costarriquenho?

Os temas de turismo e de desenvolvimento sustentável são prioritários na Costa Rica. Estamos trabalhando nas regulamentações das boas práticas, não apenas para que o turismo seja limpo, mas para que os visitantes se somem a essas práticas. Pensamos realizar também um trabalho de consultoria para que a viagem seja econômica, além de ecológica.

Nesse sentido vamos tentar reduzir os documentos de papel favorecendo a utilização da Internet e dos documentos digitais.

Outra iniciativa é a garrafa biodegradável, que receberam os participantes da Centroamerica Travel Market. Foi uma idéia da minha empresa ligada a um projeto que financiamos na Universidade Nacional para que os turistas comprem essas garrafas de água, muito utilizadas já na Europa.

Não se trata do trabalho de algumas empresas, mas de uma política de governo. Nossa aspiração é manter a liderança mundial da Costa Rica em ecoturismo como forma de turismo sustentável.

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