Carol Hay, diretora de Marketing da Organização de Turismo do Caribe para o Reino Unido e a Europa

04 de Junho de 2009 9:02pm
godking

A Organização de Turismo do Caribe (CTO, sigla em inglês) nomeou Carol Hay no cargo de diretora de Marketing em substituição de Julia Hendry, agora aposentada depois de 30 anos ao serviço da indústria turística caribenha.

Carol, com formação em administração e marketing, trabalhou na Agência de Comércio e Investimentos, e na Junta de Turismo na Jamaica. Posteriormente foi diretora do Escritório de Turismo de Antígua e Barbuda para o Reino Unido e a Europa.

A senhora passou as últimas semanas bastante atarefada examinando o trabalho da CTO na Europa. Qual o resultado dessa primeira etapa?

Primeiramente devíamos conhecer os principais atores do turismo na Europa. Aqui na Espanha, por exemplo, tivemos encontros com os operadores, com os representantes dos escritórios de turismo, com a mídia. Queríamos saber o que eles consideram deve fazer a CTO para a promoção do Caribe na Espanha.

É a primeira visitada senhora à Espanha?

É a primeira visita como diretora de Marketing, mas já tinha vindo como turista.

O que acha do mercado espanhol?

Acho que o mercado espanhol tem grandes potencialidades. Tem sido muito fiel às ilhas de língua espanhola no Caribe, daí que seja uma região bastante habitual para os espanhóis. Assim, a gente deve trabalhar para que os turistas espanhóis cheguem também aos destinos de língua inglesa, francesa e holandesa.

Esta é a ocasião de dizer aos espanhóis que devem visitar outras ilhas e conhecer a força da cultura e dos valores patrimoniais de toda a região.

A senhora disse que os principais mercados emissores da Europa para o Caribe são o Reino Unido, a França e a Espanha. Qual a razão dessa preferência?

O mercado britânico tem a facilidade dos voos regulares para o Caribe com a Virgin Atlantic e a British Airways. Nos mercados do norte e do sul da Europa temos voos charter, mas não é viável mantê-los o ano todo. Assim, uma das vantagens da Inglaterra são os voos regulares.

Se continuarmos a desenvolver a marca Caribe, a ampliação ou abertura de voos regulares poderia beneficiar os mercados do norte e do sul da Europa.

Quais seriam as ações da CTO para a ampliação do mercado espanhol e europeu?

Primeiramente devemos familiarizar as pessoas com o Caribe. Quando não se conhece bem uma região é difícil que seja escolhida entre diversas opções. De maneira que devemos trabalhar em coordenação com os escritórios nacionais de turismo e com os operadores, garantindo que compradores e consumidores conheçam a região, saibam como chegar e o tipo de alojamento e de experiências de lazer que podem encontrar nos nossos países. Tudo é uma questão de conhecimento.

A venda de um destino passa pela informação e a CTO está trabalhando nisso.

Quais os planos promocionais da Organização?

Temos que visitar os mercados, os operadores, organizar programas de capacitação e trabalhar com a mídia para que os jornalistas especializados visitem a região.

A tecnologia é importante para o turismo, mas para se tornar um meio de comunicação viável tem que mostrar as imagens e a informação corretas que criem a necessidade de fazer uma reserva. Assim, penso que devemos trabalhar muito com a imprensa.

Na Europa, o Caribe é uma região de sol e praia, mas nos últimos anos a tendência é mostrar a cultura, o patrimônio e a história da região. Como avalia a senhora essa estratégia?

A ideia é excelente. Eu pessoalmente sempre quero conhecer de perto a cultura e as pessoas dos destinos que visito. A tecnologia é importante ao transmitir outras informações e isso contribui para que o turista queira conhecer outra coisa, além das praias.

Outro tema importante é o esporte. A olimpíada de Beijing contribuiu para que o mundo conhecesse atletas caribenhos como o jamaicano Usain Bolt. São os detalhes que as autoridades turísticas devem explorar porque proporcionam uma experiência diferente.

O Caribe tem muito para mostrar como a nossa cozinha tradicional, a nossa cerveja, a nossa música, ou seja, a nossa cultura.

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