Colin Piper, diretor de Turismo da Dominica
A ilha da Dominica, com florestas exuberantes, montanhas, rios caudalosos, fundos marinhos impressionantes e lugares pitorescos como a capital, Roseau, é um dos paraísos vulcânicos do Caribe. No parque nacional Trois Pitons, o vapor sai das chaminés ou fumarolas e há numerosas fontes de água quente. Com grandes atrações para o desenvolvimento do turismo, um dos desafios das autoridades turísticas da ilha é a conectividade aérea.
Qual a situação atual dos mercados latino-americanos no destino Dominica?
Os países latino-americanos não são mercados tradicionais para a Dominica. As ilhas de Trinidade e Tobago, Granada e as Antilhas Holandesas, mais perto desses países, desenvolveram relações mais estreitas com eles. Nós temos agora um voo semanal da venezuelana Conviasa, de modo que esperamos ser um destino mais acessível para os venezuelanos. Recentemente foi renovado o aeroporto - a pista e o terminal -, o que deve propiciar novas conexões.
Acho que poderíamos trazer os visitantes da América Central e da América do Sul através das ilhas ao sul da Dominica, aproveitando as suas ralações com esses países, mas também poderíamos chegar a eles via Miami.
Quais os mercados emissivos da Dominica?
Os principais são os Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha. Acho que cerca de 50% dos visitantes que recebemos são da nossa região. O mercado intra-regional é muito importante para a gente, daí a importância da Lia Tas Airlines, companhia aérea regional que á única que presta serviços na Dominica.
O nosso principal desafio para o desenvolvimento do turismo é a conectividade aérea. Há ilhas vizinhas que têm relações com grandes companhias aéreas que poderiam trazer mais turismo à Dominica.
Qual o ponto alto do turismo na Dominica?
O ecoturismo, algo que é uma tendência atual do turismo e que faz parte da nossa cultura. O nosso produto turístico sempre esteve ligado à natureza, à cultura e à aventura, complementado com a autenticidade da nossa gente.
Qual a importância do mercado britânico para a Dominica em números?
Já antes do imposto aplicado pelo governo às viagens aéreas, tínhamos verificado uma queda do turismo devido à crise que agora afeta os destinos caribenhos todos. Atualmente a França ocupa a posição que tinha o Reino Unido como mercado emissivo para a Dominica. Não sabemos quando vai mudar essa situação, mas mantemos a nossa mensagem aos operadores britânicos: estamos abertos às negociações.
Novidades?
Como já disse, esperamos bons resultados a partir da renovação do aeroporto; continuam aparecendo pequenos hotéis como os que já temos, mas trabalhamos para atrair uma propriedade maior, talvez de 250 quartos, o que teria um grande impacto na indústria, mantendo a nossa estratégia de sustentabilidade turística.