A Colômbia quer quatro milhões de turistas em 2014
Colômbia pretende chegar à cifra de quatro milhões de turistas em 2014. E é das estratégias, produtos, regiões e atrações do país para seduzir ao turista de outras latitudes, próximas ou distantes, que nos conta nosso entrevistado de hoje, Álvaro Gómez Escalante, diretor da PROEXPORT para a Costa Rica, Nicarágua e Panamá.
Neste momento há duas feiras importantes na região: FITE Equador e FITA México. Por que a Colômbia decidiu participar em ExpoTurismo aqui no Panamá?
A Colômbia está presente em todas as feiras. Também estamos participando no Equador. Temos 22 escritórios no mundo e em todos estamos promovendo o destino Colômbia com a campanha “Colômbia, o risco é querer ficar.”
O Panamá é muito importante. Em primeiro lugar, é um país irmão e há muita afinidade entre o panamenho e o colombiano. O panamenho quer conhecer a Colômbia e a mesma tem muito a oferecer ao Panamá. De fato tivemos a idéia, com a Autoridade de Turismo do Panamá, de promover um destino conjunto ou multidestino Colômbia-Panamá para Europa.
De modo que não preferimos o Panamá, senão que estamos no Panamá, Equador, México, na FITUR e em todas as feiras possíveis para contar ao mundo que a Colômbia está aqui e que foi o melhor segredo guardado da América Latina durante 25 anos. Agora, estamos mostrando Colômbia ao mundo, que a está vendo e vindo até ela. E no final do governo do presidente Santos – em 2014 – temos o objetivo de chegar à cifra de quatro milhões de chegadas de turistas à Colômbia e neste momento, já estamos na metade dessa cifra.
Como tem sido o comportamento do crescimento turístico colombiano durante este ano em comparação aos anos anteriores?
Vamos crescendo em ritmos superiores ao crescimento do turismo mundial. O crescimento do ano passado foi de 9,1, igual ao ano anterior, enquanto o turismo mundial está crescendo ao redor de 4 ou 5. Esse ano, em comparação ao ano passado, estamos ao redor de 5 ou 5,5 sendo que ainda falta a temporada mais importante, pelo que continuamos crescendo a ritmos muito superiores aos do turismo mundial.
De onde provém a maioria de turistas que a Colômbia recebe atualmente?
-Temos uma grande influência dos países vizinhos e, também, dos Estados Unidos. Do Panamá, por exemplo, chegaram 37 mil turistas no ano passado e 25 mil da Costa Rica. Da Venezuela continua chegando uma grande quantidade de turistas, como do Equador, e começamos a ter um fluxo importante da Europa, que está descobrindo a Colômbia.
PROEXPORT fez um esforço importante em mostrar Colômbia na Polônia, na Rússia, nos países escandinavos, na Alemanha... De maneira que há um fluxo europeu crescente que está descobrindo Colômbia e compartilhando suas experiências, o que provoca um maior crescimento.
Existe turismo de eventos, turismo comercial, de sol e de praia, ecoturismo, turismo cultural… Qual é o mais desenvolvido na Colômbia?
- A Colômbia tem uma posição muito importante no mundo em relação ao turismo de natureza e é um segmento que estamos impulsionando com bastante força por ser um dos países com mais biodiversidade do mundo e com a maior quantidade de aves, o que faz com que o turismo de observação de aves seja ideal na Colômbia.
Na zona de Santa Marta, em pouco terreno do nível do mar até os 5.200 metros, há uma grande variedade de aves. Pode-se observar entre 300 e 400 variedades, em um terreno onde não é necessário se deslocar mais de 100 quilômetros ao redor.
Para o turismo de negócios ou corporativo, temos centros de convenções que podem receber desde pequenos eventos até um congresso como o do Banco Interamericano de Desenvolvimento, que há pouco tempo reuniu cinco mil pessoas.
O turista de férias busca natureza e história e nesse sentido temos a única cidade totalmente amuralhada da América e o museu do ouro – que tem a coleção mais importante da América pré-colombiana com requintados trabalhos de marca d’água ou os realizados com a técnica da cera perdida –, instituições culturais e o mais importante: temos os colombianos, cuja paixão é uma vivência.
Como está composta a delegação que veio ao Panamá?
- Desta vez PROEXPORT veio acompanhado de sete empresas de Bogotá, Medellín, Bucaramanga e do Triângulo do Café que estão promovendo suas regiões e produtos de toda índole, como os que comentei anteriormente.
O que fazemos é propiciar o espaço e aproveitar nossa base de dados para avisar a comunidade turística; não só do Panamá, como, neste caso, mas também aos participantes que sabíamos que viriam da Costa Rica, Equador, México e Estados Unidos.
Aproxima-se CATAM, a feira centro-americana. Qual é a estratégia colombiana para a mesma?
-Nesta ocasião, nos interamos muito tarde de que seria aqui no Panamá e já tínhamos a ExpoTurismo em nosso mapa estratégico de eventos – o qual fazemos com um ano de antecipação –, de maneira que, para nós, era difícil organizar outra participação, sobretudo com os escassos recursos que temos e que devemos distribuir entre todas as feiras do mundo.
Como são avaliadas as negociações de cada participante? Há resultados?
- Há dois assuntos que estão trabalhando que é a manutenção das relações já existentes e as novas possibilidades. No primeiro caso é onde as coisas podem ser concretizadas, pois os novos contatos são semeaduras para o futuro. Eles têm trabalhado em ambos os sentidos.
Quando lhe mencionava o turismo europeu, esqueci de mencionar o turismo espanhol, que também tem aumentado enormemente para a Colômbia.
Estivemos presentes na FITUR durante vários anos consecutivos e nos dois últimos, a Colômbia ganhou o Prêmio ao Melhor Stand, mas não porque foi o mais bonito ou com as maiores fotografias, senão porque tinha os melhores bailarinos e com nossa gente conseguimos transmitir a alegria de viver a experiência Colômbia entre os colombianos e essa é uma experiência única.