Constituído o Conselho de Negócios Cuba-Estados Unidos em Havana

02 de Novembro de 2015 6:43pm
claudia
Constituído o Conselho de Negócios Cuba-Estados Unidos em Havana

Uma ampla delegação de homens e mulheres de negócios da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, e outras entidades norte-americanas reuniram-se esta manhã com representantes da Câmara de Comércio de Cuba e de diferentes empresas cubanas.

Esta reunião acontece depois de que em 25 de setembro fosse criado em Washington o Conselho de Negócios Cuba – Estados Unidos, organização empresarial integrada por grandes assinaturas estadunidenses interessadas em estabelecer nexos económicos com o arquipélago e comprometidas a trabalhar diretamente sobre o Congresso desse país para conseguir o levantamento do bloqueio.

O ministro de Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca, começou a troca bilateral dando as boas-vindas aos membros da delegação estadunidense.

O vice-presidente da câmara de Comércio dos Estados Unidos, Myron Brilliant, comentou que desde 1999, a Câmara de Comércio dos Estados Unidos tem estado tratando de fortalecer as relações com  Cuba.

"Para nós fortalecer as relações com a câmara de Comércio de Cuba é um passo muito importante, bem como eliminar as diferenças que possam existir e tratar de melhorar as relações para poder fazer bem mais", disse.

"Estamos aqui para melhorar a economia e alertar bem mais o referente ao sector privado. Queremos saber como podemos ajudar neste sentido.

"Sabemos que temos limitações para fazer negócios com as companhias norte-americanas, sabemos que temos que fazer mudanças de regulações em Washington para incrementar o comércio entre as duas nações e que temos muito trabalho por fazer, agregou o Vice-presidente Brilliant.

Assinalou que alguns aspectos correspondem à administração de EUA o levar a cabo, mas outras dilações relacionadas com o bloqueio e a facilidade de viagens que pertencem ao Congresso. Por isso, não só devemos trabalhar com o Congresso e com a administração de Estados Unidos senão de ambas partes para melhorar as relações económicas com o sector privado e traçar um rumo para o futuro.

"Nós, todas as companhias presentes aqui, temos um grande compromisso de melhorar as relações económicas e para isso estão aqui representantes dos sectores de Tecnologia, comunicações, linhas aéreas, Turismo, recursos financeiros, e outros".

O Presidente da Câmara de Comércio de Cuba, Orlando Hernández Guillén, reiterou o convite dos visitantes a inauguração da *XXXIII  edição da Feira de Havana onde poderão ver que "temos objetivos comuns que são *obstaculizados pelo bloqueio".

Hernández Guillén informou que esta edição da Feira é a maior que tem organizado Cuba em toda a história deste evento. Com mais de 70 países participando, mais de 900 empresas, além da dos Estados Unidos, assistem 30 delegações ministeriais, incluído um premiê, o da Republica de Tatarstán. Ao mesmo tempo mais 50 diretores de Câmaras e diferentes organizações de Comércio. A Feira tem um área *expositiva a mais de 20 mil metros quadrados que incrementa em 20 por cento a Feira do passado ano.

"Consideramos que a presença de vocês aqui é muito importante, expressou Hernández Guillén, porque nos permite cumprir com um propósito: mostrar o que Cuba tem e oferece e o que outras *contrapartes lhe apresentam a Cuba".

"Compraze-nos a integração da delegação de EUA, com importantes companhias representadas, várias delas encabeçadas pelos altos executivos dessas organizações.

"Vemos este encontro como uma expressão de que o universo empresarial dos Estados Unidos apoia o processo de normalização de relações que entre Cuba e Estados Unidos tem começado. Apreciamos que hoje o obstáculo fundamental para o desenvolvimento dos vínculos normais entre nossos países é o bloqueio económico, comercial e financeiro dos Estados Unidos.

"Achamos que vocês poderão através das  28 companhias norte-americanas que estão a expor no pavilhão podem constatar oportunidades que existem para fazer negócios no mercado cubano.

"É Cuba um potencial comprador importante de produtos norte-americanos e um subministrador em linhas de produtos de interesses tradicionais e não tradicionais, especialmente no área da indústria farmacêutica e a tecnologia.

"Vocês poderão ver a Cuba também como uma plataforma para se instalar para trabalhar de uma maneira mais efetiva o mercado nacional e os mercados regionais.

"O processo de mudança estamos a introduzi-lo em nossa economia a partir do ano 2011, com vistas a conseguir uma maior eficiência e ter uma sustentabilidade em nosso desenvolvimento conduzimo-lo de uma forma autónoma e soberana", afirmou Hernandez Guillén.

"Este não é um processo que esteja vinculado ao desenvolvimento da normalização das relações com Estados Unidos mas indiscutivelmente abre oportunidades e espaços para através do investimento estrangeiro e a partir das novas formas de gestões que se fazem no país possam se potenciar o desenvolvimento de nossas relações.

"Apreciamos que as medidas adoptadas o governo do Presidente Obama até o presente vão numa direção correita, mas ainda não se abrem as portas para que fluam as potencialidades são medidas que ficam curtas em muitos aspectos. Com a presença de vocês poderemos aprofundar quais são as oportunidades que podem se materializar e quais as ações de conjunto podemos concretar e esperamos que mais temporão que tarde se eliminem todas as travas legais que existem em estados Unidos para que nossas relações sejam normais", concluiu.

Neste grupo de empresas norte-americanas estão: The Sprint, que assinará um contrato com Etecsa, a Stanley Morgan, a Boeing, a Américan Airline, a Home Depot, entre outras.

A delegação terá uma breve estadia em Havana com um intenso programa de trabalho. As conversas entre os executivos cubanos e estadunidenses, não transcenderam à imprensa.

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